Do Coura se fez luz - Hidroeletricidade,iluminação pública e política no Alto Minho (1906-1960)
Paulo Torres Bento
Detalhes do Produto
- Editora: Afrontamento
- Categorias:
- Ano: 2012
- ISBN: 9789723612226
- Número de páginas: 192
- Capa: Brochada
Sinopse
Uma investigação histórica sobre a eletrificação do Alto
Minho,da autoria de Paulo Torres Bento, foi um dos
projetos selecionados pela Fundação EDP no âmbito da
segunda edição do programa mecenático
Livros com Energia.
No dia 2 de fevereiro de 1912 foi inaugurada a iluminação
pública elétrica da vila de Caminha, a primeira localidade
do Alto Minho, e uma das primeiras no país, a beneficiar
das vantagens da hidroeletricidade. Deveu-o às generosas
águas do rio Coura e ao engenho da Hidroelétrica do
Coura, uma empresa familiar fundada por caminhenses
que, nos anos seguintes, a partir da Central de Covas,
levou a luz do progresso a Viana do Castelo (1915), Vila
Nova de Cerveira (1920), Ponte de Lima (1923) e Paredes
de Coura (1937). Um empreendimento arrojado e pioneiro
que assumiu a bandeira da hidroeletricidade e fez a guerra
contra os outros sistemas de iluminação pública existentes
na região, como o petróleo, o gás de carvão e o acetileno.
Nascida em tempos monárquicos, a Hidroelétrica do Coura
foi uma verdadeira empresa da República, com uma vida
atribulada e influenciada pela vertigem dos sucessos
políticos, tanto à escala regional como nacional e mundial,
como aconteceu durante a Grande Guerra. Numa época de
liberalismo económico, soube aproveitar os ventos
partidários favoráveis para se impor no Alto Minho mas, ao
contrário de outros mais poderosos, serviu a região com a
energia nela produzida. No advento do Estado Novo,
aguentou o primeiro embate da regulação do setor elétrico
nacional mas depois não foi capaz de suster a investida do
condicionamento industrial imposto por Salazar.