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Do Caos à Ordem dos Professores

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Sinopse

«Dada a oposição de uns tantos sindicalistas à criação de uma Ordem dos Professores, será que os milhares de indivíduos inscritos cm ordens profissionais são tão ingénuos a ponto de se não aperceberem dos prejuízos sem conta que essa inscrição acarreta?
Não é admitido qualquer tipo de deserção. O recrutamento é para todos aqueles com inscrição obrigatória em ordens profissionais: abominem os que vos arrastaram para isso; encerrem as portas das vossas associações públicas; queimem os vossos estatutos; rasguem as vossas cédulas profissionais; por fim, responsabilizem a Assembleia da República pela vossa desgraça!
Depois, libertos das grilhetas de uma aviltante "escravatura", sejam solidários com esses sindicalistas, aliem-se a eles, marchem a seu lado, combatam à sombra de uma única bandeira, embriaguem-se com o cheiro acre da pólvora e lutem até à morte contra um perigoso inimigo comum: as ordens profissionais!
O assunto é demasiado sério. Cesse a ironia!
Por quebranto da vontade, mesmo as mais justas c melhores razões atapetam o chão das causas perdidas com o ilusório dourado das folhas outonais, que perderam o viço primaveril c desbotaram o verde da esperança.»

PREFÁCIO

Só por amizade e simpatia, o Dr. Rui Baptista me convidou para prefaciar o seu livro.
Não é difícil escrever quando se é Professor e se acredita naquilo que se aprendeu e se ensina, porque há dois vectores sempre presentes: AMOR e VERDADE.
Quem conhece o Homem e a Obra, sabe que o Autor o faz por devoção à causa e à profissão, por amor ao ensino e à verdade
. O Dr. Rui Baptista é um caso ímpar de integridade de carácter, como diria Fidelino de Figueiredo, de abnegação ao ensino e de entrega total à causa da Educação. E por lutar por esse ideal contra os «vendilhões do Templo», que sempre chicoteou com a sua «caneta dourada», cultivou quase tantos inimigos como quantos artigos escreveu (500), embora também tenha granjeado a admiração, o respeito e a consideração que levaram à consolidação de uma amizade forte e sincera com alguns outros.
As maleitas do Sistema Educativo Português, o estado caótico do ensino e a necessidade imperiosa de uma Ordem dos Professores surgem em momento oportuno por vivermos uma época em que os arquétipos deixaram de balizar a vida de muitos cidadãos, que perderam por completo o pudor, sendo hoje «náufragos» ou «imigrantes» na sua própria terra, por não terem referências e nem se submeterem a qualquer controlo social. Nem sequer às normas estabelecidas no «documento fundamental». Um total desvario!
Assim, é gratificante, e oportuno, ler este livro para ficarmos com a certeza de que, apesar de tudo, vale a pena lutar pelo ideal das nossas ideias. É o seu legado cultural à sociedade que nos enriquece e nos estimula a continuar a luta também pêlos nossos ideais.
Cita o autor Goebbels, na sua nota prévia. Sabemos bem o que é a propaganda de um regime e, sobretudo, o combate de ideias, sem combater pessoas, como ensinou Santo Agostinho, e que aliás foi sempre o princípio por si seguido e respeitado, embora outros façam exactamente o contrário, chegando por vezes à eliminação física dos seus adversários que se transformam em «inimigos».
Mas gostaríamos de realçar e enaltecer, a perseverança, a persistência e, para além disso, a coerência do Dr. Rui Baptista, a par da sua coragem, independência e isenção nas críticas objectivas sobre a sempre actual temática do Ensino e a necessidade urgente de uma Ordem de Professores.
Imaginamos como deve estar satisfeito e de consciência tranquila, porque, hoje, parece haver um consenso muito alargado, sobre a necessidade e vantagens de uma Ordem Profissional para os Professores. Para quem lutou, como ele, e arrostou com as críticas, intrigas e até más vontades de muitos adversários, deve ser gratificante ver que tinha razão e que, apesar de a ter repetido até à exaustão, ela não se transformou numa mentira, mas antes numa verdade indesmentível e universal.

Mário Bacelar Begonha

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