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Sinopse

Publicado em 1872, Demónios é uma das grandes obras-primas de Fiódor Dostoiévski e um clássico da literatura universal. Com uma temática dolorosamente actual, conta a história de jovens revolucionários que pretendem derrubar a ordem estabelecida, pondo em ficção romanesca os principais actores políticos e sociais do último quartel do século XIX: o poder autocrático e as suas ramificações e incidências, o socialismo ateu, o niilismo revolucionário e o problema religioso. Porém, não se reduz à ficção de um conflito político e social datado, mas ergue-se como uma crítica a todas as ideologias, considerando que elas pretendem ultrapassar a condição humana.

Tendo em conta que o autor também não deseja impor a sua visão do mundo, deixando que as personagens vivam e se exprimam livremente, estamos perante uma obra aberta e premonitória no que respeita às grandes derivas totalitárias do século XX.

Através das reflexões e das acções das personagens, é mostrado ao leitor, com a subtileza própria de Dostoiévski, o caldo de cultura filosófico, psicológico e social onde é gerado o terrorismo. Stavróguin, um aristocrata que fascina todas as pessoas que encontra, é o fio condutor desta trama emotiva e maquiavélica que prende o leitor do princípio ao fim. Uma obra incontornável na produção de Dostoiévski.


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Autor

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 30.10.1821 - S. Petersburgo, 28.01.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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