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Sinopse

Após o prolongado exílio na Sibéria, que viria a inspirar Cadernos da Casa Morta, Dostoiévski publicou, em 1861, Humilhados e Ofendidos, o romance onde expõe a desumanidade do seu tempo e do seu país, em que os ricos e poderosos escravizavam e humilhavam os mais pobres.

Nesta obra, narrada pelo jovem escritor Ivan Petróvitch, dois enredos vão convergindo gradualmente. Natacha, amiga de infância e amada de Ivan, foge da casa dos pais para casar com Aliocha, o filho do príncipe Valkóvski, que não aprova esta união. Entretanto, Ivan conhece Elena, uma menina órfã de treze anos, que é adoptada por Nikolai, o pai de Natacha. E é ao contar a sua triste história que a pequena Elena consegue que Nikolai perdoe a sua filha. Uma narrativa envolvente e cativante onde o sofrimento humano é retratado com mestria.


Traduzido directamente do russo por Nina Guerra e Filipe Guerra

Vencedores do Grande Prémio de Tradução Literária

APT/Pen Clube Português


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Autor

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 30.10.1821 - S. Petersburgo, 28.01.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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