... “Nesta abordagem dos arruamentos fizemos a história possível, através dos sinais que homens e mulheres deixaram no tempo e no espaço que vivenciaram, espaço construído, reorganizado, reajustado em ruas, muralhas, cercas, travessas e terreiros. Rastos e res- tos que, por imperativo de um mero estudo de história, voltaram a ser memorados, iluminados e também cristalizados num texto – justamente um texto sobre ruas, sinais, pedras e memórias de uma mui nobre e antiga Cidade.”

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O terceiro volume da obra Da Toponímia de Évora, da autoria de Afonso de Carvalho, vai permitir-nos passar a dispor de um conjunto notabilíssimo de informação sobre a cidade que, a par das obras de Gabriel Pereira e de Túlio Espanca, se constitui como in- dispensável para o conhecimento do passado da cidade.

Para mais, este volume, centrado no século XVI, permite-nos conhecer melhor o quotidiano da cidade, as suas dinâmicas sociais, económicas e culturais, na época em que a cidade, com a permanência frequente da corte, foi, com frequência, o “centro histórico” do reino, o que justificou a sua classificação como património da humanidade.