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Após décadas de censura e de restrições à liberdade de expressão, o 25 de Abril de 1974 abriu as portas às canções «proibidas». Os músicos e cantores que se haviam destacado pela elaboração de repertórios de crítica e de protesto contra o regime ditatorial deposto passaram a ocupar o espaço público e mediático, com um renovado estatuto e papel interventivo. Ao longo do período revolucionário e de transição democrática, a urgência por profundas transformações das realidades sociais, culturais e políticas leva-os a percorrer todo o país. Atuam em aldeias, fábricas e quartéis, profundamente envolvidos no apoio ao amplo e efusivo movimento popular, organizado em comissões de trabalhadores e de moradores, assembleias populares, cooperativas e associações artísticas e culturais, exercendo a sua atividade na órbita de várias organizações, sindicatos e partidos de esquerda que então proliferam na cena política portuguesa. Neste contexto, as canções foram uma ferramenta essencial de transmissão, discussão e reflexão sobre a situação política. Neste livro, são analisadas as práticas inerentes à atividade musical destes agentes em articulação com os posicionamentos políticos e afinidade ideológica com as várias esquerdas, sobretudo do Partido Comunista Português e de partidos e organizações de esquerda radical. Através da análise dos percursos, motivações e ideários políticos de vários intervenientes, são discutidas diferentes perspetivas para a transformação e valorização das expressões artísticas de cultura popular, alinhadas com a defesa de valores revolucionários.
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