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As Fogueiras do Mar - Livro primeiro das crónicas

transeatlântico

Luiz Fagundes Duarte

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Sinopse

De cunho testemunhal e lírico, concebidas semanalmente, entre 1999 e 2014, para o jornal Diário Insular, e agora compiladas com o selo da Companhia das Ilhas, estas crónicas do filólogo e escritor Luiz Fagundes Duarte (Terceira, 1954) remetem, com o poder metonímico do seu título – As Fogueiras do Mar –, tanto para a origem geológica das ilhas sobre as quais se debruça, como para a condição existencial de quem nelas nasce, habita, ou delas parte, ou nelas aporta. Não se conte, porém, encontrar aqui apenas o lugar sentenciado ao abandono e ao isolamento, geografia de danados e esquecidos. As ilhas destas crónicas apresentam-se-nos com as suas particularidades paisagísticas, sociológicas, linguísticas, mas não se esquece o cronista, «agnóstico meditabundo», de religar essas propriedades com o imaginário literário que o velho mundo ocidental urdiu até à contemporaneidade. O elemento marítimo surge nestes textos sobretudo como caminho de abertura, de desbravamento dos universos derredor e não é, por isso, de espantar que o leitor, na visitação da paisagem e das reflexões insulares, tropece em Ulisses ou em Rafael Hitlodeu, ou se depare com o mundo ficcional de Nemésio, ou até com a lírica de José da Lata. Aqui temos, em exercícios textuais enxutos, mas não secos, memorialísticos, mas sem ceder à proporção maçuda, a mestria discursiva de um autor que conjuga os saberes erudito e popular, as dimensões histórica e mitológica, impregnando-as com o seu olhar íntimo, a sua vivência pessoal feita de cartapácios e de «apanhar feijão e batatas», e aproximando a experiência da leitura de um itinerário cultural que promete a chegada a uma ilha que o leitor não encontrará no mapa, mas dentro de si.


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Autor

Luiz Fagundes Duarte

Serreta, Angra do Heroísmo, 1954.

Professor da Universidade Nova de Lisboa (1982-2020), foi deputado à Assembleia da República (1999-2011), e director regional da cultura (1996-1999) e secretário regional da educação, ciência e cultura (2012-2014) no Governo dos Açores. Como filólogo, dedicou-se ao estudo e edição crítica de obras de Eça de Queiroz (A Capital!, Imprensa Nacional, 1992), Antero de Quental (Poesia Completa, Abysmo, 2016-2018), Fernando Pessoa (Poemas de Ricardo Reis, Imprensa Nacional, 1994; Mensagem e Poemas Publicados em Vida, Imprensa Nacional, 2018) e Vitorino Nemésio (Poesia, Imprensa Nacional, 2003-2009), entre outros; para além das edições críticas, publicou dezenas de artigos científicos e os livros A Fábrica dos Textos. Ensaios de Crítica Textual acerca de Eça de Queiroz (Edições Cosmos, 1993), Do Caos Redivivo. Ensaios de Crítica Textual sobre Fernando Pessoa (Imprensa Nacional, 2018) e Os Palácios da Memória. Ensaios de Crítica Textual (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019). Publicou ainda os livros Fecit (Imprensa Nacional, 1986), Histórias d’Assombração (Caminho, 1988), e Retratos Imperfeitos (Companhia das Ilhas, 2017), e centenas de crónicas nos jornais Diário Insular, de Angra do Heroísmo, e Açoriano Oriental, de Ponta Delgada. Dirige actualmente uma nova edição da Obra Completa de Vitorino Nemésio (Imprensa Nacional/Companhia das Ilhas).

Vive entre Lisboa e Terceira.


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