«Nascida nos Açores (13 de setembro de 1923), Natália Correia foi uma personalidade incontornável na vida cultural, social e política portuguesa da segunda metade do século xx: ela foi radialista, cronista, jornalista, interventora social, defensora dos direitos da mulher, libertária, polemista, editora, diretora de jornais e revistas, dramaturga, romancista, contista, tradutora, guionista de óperas e de filmes e programas de televisão, deputada, ensaísta, crítica demolidora de figuras políticas, e foi, sobretudo, autora de uma preciosa obra poética que reuniu no livro O Sol nas Noites e o Luar nos Dias (1993). Foi vítima de censura tanto durante o Estado Novo como no período que se seguiu ao 25 de Abril, e até mesmo em Democracia. Morreu em Lisboa (16 de março de 1993), triste e desiludida, convencida de que aquilo de que gostava e as causas por que lutara estavam a morrer com ela.»
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Luiz Fagundes Duarte
Serreta, Angra do Heroísmo, 1954.
Professor da Universidade Nova de Lisboa (1982-2020), foi deputado à Assembleia da República (1999-2011), e director regional da cultura (1996-1999) e secretário regional da educação, ciência e cultura (2012-2014) no Governo dos Açores. Como filólogo, dedicou-se ao estudo e edição crítica de obras de Eça de Queiroz (A Capital!, Imprensa Nacional, 1992), Antero de Quental (Poesia Completa, Abysmo, 2016-2018), Fernando Pessoa (Poemas de Ricardo Reis, Imprensa Nacional, 1994; Mensagem e Poemas Publicados em Vida, Imprensa Nacional, 2018) e Vitorino Nemésio (Poesia, Imprensa Nacional, 2003-2009), entre outros; para além das edições críticas, publicou dezenas de artigos científicos e os livros A Fábrica dos Textos. Ensaios de Crítica Textual acerca de Eça de Queiroz (Edições Cosmos, 1993), Do Caos Redivivo. Ensaios de Crítica Textual sobre Fernando Pessoa (Imprensa Nacional, 2018) e Os Palácios da Memória. Ensaios de Crítica Textual (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019). Publicou ainda os livros Fecit (Imprensa Nacional, 1986), Histórias d’Assombração (Caminho, 1988), e Retratos Imperfeitos (Companhia das Ilhas, 2017), e centenas de crónicas nos jornais Diário Insular, de Angra do Heroísmo, e Açoriano Oriental, de Ponta Delgada. Dirige actualmente uma nova edição da Obra Completa de Vitorino Nemésio (Imprensa Nacional/Companhia das Ilhas).
Vive entre Lisboa e Terceira.
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