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Detalhes do Produto

Sinopse

Uma das obras fundamentais da cultura filosófica do Ocidente. As Confissões, de Jean-Jacques Rousseau, são simultaneamente o testemunho de uma época e de um intelecto imortal.
A segunda parte de As Confissões, publicada postumamente em 1789, prolonga a ambição de Rousseau de narrar a sua vida com uma franqueza absoluta, mantendo a combinação de memória íntima e reflexão filosófica que caracteriza a obra. Esta secção acompanha o percurso do autor desde a sua chegada a Paris, em 1741, até aos anos em que alcança a celebridade literária e filosófica, passando também pelas experiências que precipitaram o seu isolamento progressivo.
Nesta fase, Rousseau descreve a sua inserção nos círculos intelectuais parisienses, o convívio com figuras como Diderot, Grimm e Madame d’Épinay, e a participação no movimento enciclopedista. Paralelamente, relata os dilemas pessoais ligados às suas relações sentimentais, em particular a ligação duradoura com Thérèse Levasseur, bem como episódios de atrito com antigos amigos e patronos. A narrativa mostra o contraste entre o idealismo do jovem pensador e as tensões do mundo social e político em que se move.
A segunda parte d' As Confissõesregista igualmente os momentos em que Rousseau começa a afirmar-se como autor, com obras decisivas como o Discurso sobre as Ciências e as Artes(1750) e o Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens(1755). Porém, ao mesmo tempo em que o seu prestígio cresce, aumentam as hostilidades, os mal-entendidos e as suspeitas em torno da sua personalidade. O relato ganha, assim, uma tonalidade de auto-defesa, onde o autor procura justificar as suas escolhas e explicar as razões do afastamento que marcará os últimos anos da sua vida.
A originalidade desta segunda parte reside no modo como Rousseau transforma os acontecimentos externos em matéria de análise psicológica e moral, expondo tanto as suas ambições como as suas fragilidades. Mais do que uma sucessão de factos, o texto oferece uma radiografia íntima do homem que se vê simultaneamente aclamado e rejeitado. Este equilíbrio entre triunfo e vulnerabilidade reforça o carácter pioneiro da obra, que alia o testemunho histórico ao exame de consciência.
Tal como na primeira parte, a influência de Rousseau foi determinante: a fusão de vida pública e experiência pessoal inspirou autores que exploraram a tensão entre génio criador e marginalização social. As Confissões, na sua totalidade, abriram caminho para uma literatura autobiográfica moderna em que a verdade íntima se impõe como valor estético e filosófico.

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Autor(es)

Jean-Jacques Rousseau

Escritor e filósofo humanista de expressão francesa, nasceu em Genebra em 1712 e faleceu em Ermenonville em 1778. Ao recentrar a reflexão sobre a natureza humana nos temas da sensibilidade, do sentimento e da paixão em detrimento da razão, Rousseau antagoniza os princípios do Iluminismo, anunciando já aqueles que virão a ser os valores centrais do Romantismo.

Marcado por um forte otimismo relativamente à essência humana, considera que primitivamente os seres humanos viveriam num hipotético estado de natureza em que, deixando-se reger pelo sentimento (amor de si e piedade), reinava a liberdade e a igualdade. Com o advento da divisão do trabalho e da propriedade privada, tal estado de harmonia teria sido pervertido, tendo-se tornado a sociedade presa do egoísmo e da corrupção.

Dessa forma, os poderosos, apropriando-se da Lei, colocaram-na ao serviço dos seus interesses particulares e fizeram dela um instrumento de servidão. Do mesmo modo, a ciência e a cultura em geral são vistas como focos de degeneração que afastam o ser humano da sua natureza genuína.

Para libertar o homem do estado de servidão em que a sociedade o coloca, Rousseau apresenta duas vias complementares:

A primeira - exposta pormenorizadamente no Émile (1762) - respeita à pedagogia, propondo que esta permita à criança desenvolver-se naturalmente na afirmação espontânea da sua essência e de acordo com a sua própria experiência pessoal, evitando que se torne vítima das deformações que a sociedade lhe procura impor.

A segunda, no âmbito da filosofia política - e desenvolvida no Contrato Social (também de 1762) -, visa o restabelecimento da liberdade e baseia-se na ideia de soberania popular. Esta deve ser concretizada através do contrato social segundo o qual cada indivíduo se deve submeter à vontade geral, convergência e expressão mediada da vontade de cada um, garantindo assim a liberdade e a igualdade de todos. A submissão da Lei à vontade geral assegurará a sua justiça, não cabendo ao poder executivo mais do que garantir a sua correta aplicação.

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Manuel de Freitas

Poeta e Tradutor premiado.

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