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Discurso sobre as Ciências e as Artes seguido de Cartas sobre a Polémica

Textos Filosóficos

Jean-Jacques Rousseau

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Sinopse

«O Discurso sobre as Ciências e as Artes teve origem numa casualidade. Nunca teria surgido se Rousseau não decidisse visitar Diderot na prisão de Vincennes, onde a censura o enclausurara pelos seus primeiros escritos. Rousseau relembra, em várias ocasiões, a origem do seu primeiro ensaio. Na correspondência com Malesherbes, um dos retratos autobiográficos que anunciam as Confissões, e que data de 1762, Rousseau assegura que, depois de ter passado quase quatro décadas descontente consigo mesmo, uma feliz casualidade veio iluminar a senda do seu destino. Esta crónica é bastante conhecida. Para se refrescar do calor sufocante, Rousseau começou a ler à sombra de uma frondosa árvore e, ao ver o tema do concurso patrocinado pela Academia de Dijon, a sua vida mudou para sempre.»

Excerto das notas introdutórias de Roberto Aramayo ao Discurso sobre as Ciências e as Artes.

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Autor

Jean-Jacques Rousseau

Escritor e filósofo humanista de expressão francesa, nasceu em Genebra em 1712 e faleceu em Ermenonville em 1778. Ao recentrar a reflexão sobre a natureza humana nos temas da sensibilidade, do sentimento e da paixão em detrimento da razão, Rousseau antagoniza os princípios do Iluminismo, anunciando já aqueles que virão a ser os valores centrais do Romantismo.

Marcado por um forte otimismo relativamente à essência humana, considera que primitivamente os seres humanos viveriam num hipotético estado de natureza em que, deixando-se reger pelo sentimento (amor de si e piedade), reinava a liberdade e a igualdade. Com o advento da divisão do trabalho e da propriedade privada, tal estado de harmonia teria sido pervertido, tendo-se tornado a sociedade presa do egoísmo e da corrupção.

Dessa forma, os poderosos, apropriando-se da Lei, colocaram-na ao serviço dos seus interesses particulares e fizeram dela um instrumento de servidão. Do mesmo modo, a ciência e a cultura em geral são vistas como focos de degeneração que afastam o ser humano da sua natureza genuína.

Para libertar o homem do estado de servidão em que a sociedade o coloca, Rousseau apresenta duas vias complementares:

A primeira - exposta pormenorizadamente no Émile (1762) - respeita à pedagogia, propondo que esta permita à criança desenvolver-se naturalmente na afirmação espontânea da sua essência e de acordo com a sua própria experiência pessoal, evitando que se torne vítima das deformações que a sociedade lhe procura impor.

A segunda, no âmbito da filosofia política - e desenvolvida no Contrato Social (também de 1762) -, visa o restabelecimento da liberdade e baseia-se na ideia de soberania popular. Esta deve ser concretizada através do contrato social segundo o qual cada indivíduo se deve submeter à vontade geral, convergência e expressão mediada da vontade de cada um, garantindo assim a liberdade e a igualdade de todos. A submissão da Lei à vontade geral assegurará a sua justiça, não cabendo ao poder executivo mais do que garantir a sua correta aplicação.

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