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Sinopse

Estes textos são respostas a apelos diferentes. Saber as mãos que trabalham os campos, modelam corpos, manejam utensílios e fitas e textos, saber que nelas, neles, há pensamento pensante, há também "um coração que pensa" na expressão de H. Arendt. O que fazer com tudo isso? Questão que no seu impensado vem constituindo uma parte do percurso filosófico recente: o de se reapropriar desse impensado para perceber o que o pensamento excluiu, de que se separou. Compreender pois a mutabilidade da definição da "natureza feminina", que "la donna é mobilè", teve consequências negativas, mas é, simultaneamente, uma forma altamente positiva de sussurrar esse trabalho de imaginário, de criar singularidades com as mãos, com a fala, com o corpo, quer dizer, de criar o que se chamou "espírito" (na sua oposição ao corpo) como, de facto, os filósofos ‘sabem’, ainda que não o formulem no quadro do pensamento ‘pensante’.

Até hoje esta história tem sido escrita no seu apagamento, ou sob a forma da dicotomia numa das suas vertentes, a do corpo que é falado, mas que não elabora uma fala singular. Poder-se-ia dizer que aqui se formulam as resistências, as questões que as mulheres e/ou as feministas, etc., provocaram; houve também uma redefinição do que se pensa como humano, e isso inscreve-se num horizonte mais lato, em que o concreto e o abstracto redefinem fronteiras entre mãos, utensílios, ideias, conceitos, máquinas e híbridos. Redefinição entre fronteiras que se formula pela abertura de algo, de um lugar no interior da filosofia e que significa também recebermos os desejos dos outros, mas na afirmação que expulsa o ressentimento.

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Autor

Teresa Joaquim

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