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Arte, Museus e Memória - Imagem Marítima da Nazaré

Dóris Santos

Sujeito a confirmação por parte da editora



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Detalhes do Produto

Sinopse

A Nazaré emociona-nos, pela movimentação inquieta do mar e a dramaticidade das suas gentes, que resignadamente fazem perdurar tradições peculiares, das quais se orgulham através de um forte sentimento de pertença comunitária. Aqui, o mar alarga o horizonte e, hoje, surfistas de todo o mundo medem forças com as ondas grandes. Mas já outros heróis as desafiavam, em frágeis embarcações de madeira, buscando a subsistência familiar através da pesca. O perigo era companheiro da audácia, a observação expectante alternava com o reboliço do trabalho, na praia e entre as “esquininhas” da vila, onde a figura da peixeira, Nazarena das “sete saias”, continua a ser notória.

Cedo, a atração turística impôs a necessidade de discursos diferenciadores. Nacionais ou estrangeiros, todos possuímos uma ideia da Nazaré, onde a visualidade é determinante. Este é um dos objetivos do presente livro, analisar o contributo da arte, nomeadamente das artes visuais, na produção imagética sobre o mar e as comunidades marítimas tradicionais, bem como a sua apresentação em contexto museológico, a partir da Nazaré.

Revendo a tese de uma produção meramente descritiva ou conexa aos valores oficiais da cultura popular e à heroicidade do Estado Novo, este estudo pretendeu efetuar o levantamento da criação artística inspirada no

mar e na Nazaré, entre o final do século XIX e os anos 1970, apontando ideias para a sua revisão contemporânea. Discute ainda a legitimidade dessa produção, bem como os “usos” que dela foram feitos em prol de uma construção visual radicada em memórias marítimas.

Finalmente, sendo o mar um vetor essencial da identidade portuguesa, no domínio da sua ativação patrimonial e conservação memorial, apresentam-se práticas artísticas em museus marítimos nacionais e internacionais, discutem-se conceitos e como a arte estabelece conexões neste meio pluridisciplinar. Após uma breve incidência na história do Museu da Nazaré, reflete-se sobre as potencialidades das artes plásticas numa (re)programação do mesmo, na dialética memória / interpelação, e do modo como estas contribuem, na atualidade, para uma maior pluralização das representações sobre as comunidades litorâneas e do entendimento tradicional do mar.

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Autor

Dóris Santos

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