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Sinopse

Poesia reunida (1972-2022).
Falamos de uma voz poética que se autonomizou por conjugar de modo muito pessoal uma série de forças condutoras às vezes tidas por contrárias e que dificilmente se articulariam senão por vigor de um engenho oficinal árduo e lapidado. Se atentarmos à sua diversidade formal, capaz de oscilar do compasso popular e repentista e estender-se ao narrativo, entretecido e quase ensimesmado, absorto no seu labirinto de referências, a unidade dessa voz é equívoca – tal como o tempo, ela faz-se com «máscaras múltiplas» e a sua integridade reside no conflito consigo própria. (…) Avessa ao dogma e à verdade insofismável, só consegue revelar-se na contínua morfose que sobre si mesma exerce.

Leonardo Sousa, do Posfácio


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Autor

Urbano Bettencourt

Urbano Bettencourt (Piedade, ilha do Pico, 1949) é um dos intelectuais de maior destaque na vida cultural dos Açores. A sua obra, iniciada em 1972, contempla o ensaísmo, a poesia e a prosa de ficção. Como ensaísta, tem um trabalho continuado sobre a literatura feita nos Açores, e também um olhar informado sobre o que acontece na área da Macaronésia (Madeira, Canárias e Cabo Verde), em livro e em revistas da especialidade (nacionais e estrangeiras) e na imprensa açoriana. Na ficção e na poesia, publicou cerca de duas dezenas de títulos. Parte da sua produção literária tem sido traduzida no estrangeiro, quer em obras autónomas, quer em antologias.

É Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa e Doutorado em Estudos Portugueses pela Universidade dos Açores. Actualmente, é investigador do CIERL-UMa e do CEHu-UAc.

A Companhia das Ilhas iniciou em 2020 a publicação da sua Obra Completa, com Sala de Espelhos.

Obras publicadas:

Poesia e narrativa: Raiz de mágoa (1972); Marinheiro com residência fixa (1980); Naufrágios inscrições (1987); Algumas das cidades (1995); Lugares sombras e afectos (2005); Santo Amaro sobre o mar (2005; 2.ª ed, 2009); Antero (2006); Que paisagem apagarás (2010); África frente e verso (2012), Outros nomes, outras guerras (Companhia das Ilhas, 2013). Está representado em diversas antologias no país e no estrangeiro (Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, Eslováquia, Hungria e Letónia).

Ensaio: O gosto das palavras, 3 vols. (1983, 1995, 1999); Emigração e literatura (1989); De Cabo Verde aos Açores – à luz da «Claridade» (1998); Ilhas conforme as circunstâncias (2003).

Tem dezenas de ensaios dispersos em jornais e revistas da especialidade e em obras de conjunto, dentro e fora do país.

Entre 2006 e 2009, coordenou com Carlos Alberto Machado a colecção Biblioteca Açoriana (Lajes do Pico).

Colaborou na edição das seguintes antologias de poesia açoriana: Caminhos do Mar. Antologia Poética Açoriano-Catarinense (com Lauro Junkes e Osmar Pisani), Florianópolis, Santa Catarina, 2005; Pontos Luminosos. Açores e Madeira-Antologia Poética do Século XX (com Maria Aurora Homem e Diana Pimentel), 2006; Azoru Salu. Dzejas antologija (com Leons Briedis), Riga, Letónia, 2009.

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