
Poderá gostar
Detalhes do Produto
- Editora: Gato Bravo
- Categorias:
- Ano: 2025
- ISBN: 9789899069596
- Número de páginas: 98
- Capa: Brochada
Sinopse
Dois livros que entrelaçam-se, entre prosa e poesia, real e fantasia, ficção e sentimento,
a revelar os paradoxos filosóficos e éticos da vida.
""(...) um oceano de diferentes ondas que fazem esse
oceano, que é a mesma água, o mesmo composto
de dois átomos de hidrogénio acoplados a um
átomo de oxigénio, reduzindo ad infinitum até à
revelação do jubiloso conhecimento de existir sem
mais – a multiplicidade do que é um – infinita
simples existência indistinta – há quem me tenha já
dado comida à boca, água, como a uma criança
incapaz de cuidar de si – que longo caminho para
não ter mais medo, não mais infligir dor – dissolvo o
meu conatus à medida que me entrego nisso – que
longo caminho para se ter atenção a tudo tendo-se
atenção a si – despeço-me, nu – e eu tenho-te
atenção – partir é o desígnio – é tempo de abrir as
janelas e acreditar que todas as coisas voam”
A poesia em prosa de Fernando Machado Silva consagra-se novamente em duas obras complementares, que confirmam a assinatura perene e simultaneamente fluída do autor. Em sua nova obra Agita as Águas - Rompe o Silêncio, o autor traz-nos dois livros, duas narrativas que entrelaçam ficção e sentimento. Os sujeitos poéticos apresentam-se com familiaridade entre si e com o leitor, através de um jogo de espelhos vibrante e perturbador.
No primeiro livro, Agita as Águas - Rompe o Silêncio: uma carta perdida de Johannes, acessamos uma paisagem de sentidos perdidos na neblina escaldante de um segredo. O leitor pode ser cúmplice ou denunciante diante de um paradoxo filosófico e ético, em uma narrativa de turbilhão, em que os sentimentos afloram e correm feito um rio revolto. No segundo livro inserido na obra, o poeta-prosador conduz-nos por um novo mistério através do olhar observante e de testemunho do sujeito poético em a quem devemos este deserto que alastra em cada mão: uma novela vedântica, que vicia-nos na espreita de uma porta entreaberta, cujo interior permanece encoberto pelas falas das personagens Jiva, Atman e Jivatman.
Neste livro único, Fernando traz um sentido político e holístico para a linguagem, indissociável da questão ética, com as hesitações, as dúvidas e as fragilidades humanas, em seu ininterrupto diálogo com o eterno.