A Velha Senhora Webster é a obra-prima de Caroline Blackwood. Herdeira da fortuna Guinness, Blackwood foi celebrada como uma grande beleza e uma deslumbrante raconteur muito antes de ter feito nome como escritora surpreendentemente original. Este romance macabro, mordazmente engraçado e parcialmente autobiográfico revela a loucura gótica que grassa nos bastidores das grandes casas da aristocracia, tal como é testemunhada pelos olhos impiedosos de uma adolescente órfã. A Senhora Webster é um monstro fabuloso, a mais fria das matriarcas, que preside com mão de ferro sobre uma paisagem de vidas arruinadas. Mas esta é apenas um dos parentes frios e excêntricos que a narradora adolescente tem de suportar. Outros entes queridos incluem uma avó desvairada e uma tia promíscua e alegremente suicida. O romance foi pré-selecionado para o Prémio Booker de 1977, mas terá sido alegadamente recusado por Philip Larkin, júri nesse ano, por entender tratar-se de uma obra biográfica e não de uma obra ficcional. Caroline Blackwood, esposa e musa de Lucien Freud e Robert Lowell, teve uma vida tão lendária como a sua obra.