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A Curadoria Geral dos Serviçais e Colonos - (S. Tomé e Príncipe 1875/1926)

Maria Nazaré de Ceita

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Sinopse

A Curadoria Geral dos Serviçais e Colonos foi uma instituição criada em 1876 para fazer a transição dos termos de gestão da mão-de-obra escrava para a serviçal, quando foi “abolida” a escravatura nas ilhas de STP. Entrado em vigor o regime de contrato, a mão-de-obra passa a ser recrutada de Angola (uma das maiores fontes de escravatura para as ilhas na fase anterior), Moçambique, Cabo Verde, Serra Leoa, Cabinda, entre outros. Para o empreendimento roceiro foram também atraídos colonos portugueses para prestarem serviço em lugares cimeiros que lhes eram reservados nas plantações do cacau, cujas grandes propriedades passaram a receber o investimento do Banco Nacional Ultramarino, em detrimento dos proprietários autóctones que acabaram por cair na miséria. Odiada por uns e enaltecida por outros, a Curadoria serpenteava entre tratar os serviçais com mãos duras, ao mesmo tempo em que procedia à fiscalização da actuação dos patrões e dos seus administradores face aos mesmos.

Propusemo-nos estudar a referida instituição colonial entre 1875, data da sua implantação nas ilhas, e 1926, altura em que o poder colonial, como resultado do Golpe de Estado de 28 de Maio, endureceu a sua posição em S. Tomé e Príncipe. A nomeação do Governador Junqueira Rato em Julho de 1926 é um marco de passagem para uma nova fase das relações coloniais, fossem elas com os nativos ou com os serviçais, cuja subalternização se tornou mais aguda nas ilhas.

In contracapa

“A Curadoria Geral dos Serviçais e Colonos (S. Tomé e Príncipe 1875/1926)”


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Autor

Maria Nazaré de Ceita

Maria Nazaré de Ceita, natural de S. Tomé e Príncipe, é Licenciada e Master em História, com especialidade em Antropologia pela Universidade de S. Petersburgo/Rússia (1988); Pós-graduada em Desenvolvimento Socioeconómico, Economia e Estratégias pelo ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa (1991) e Mestre em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2006). É, desde Março de 2020, Doutora em Ciências Sociais com especialidade em Desenvolvimento Socioeconómico pelo Instituto Superior das Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, onde desenvolveu uma tese sobre a participação da mulher rural no Desenvolvimento Socioeconómico de S. Tomé e Príncipe, no período de 1950-1999. Ocupou, entre outros, os cargos de Diretora Geral da Cultura (1995-2010), Diretora da Biblioteca Nacional (2010-2014), membro do Conselho de Administração da Escola do Património Africano de Porto Novo/Benim (2007-2009) e foi Consultora da UNESCO para a salvaguarda do Património Imaterial nos PALOP. É Pró-Reitora da Universidade de STP (S. Tomé e Príncipe), Coordenadora do Departamento das Ciências Sociais e Humanas da USTP (Universidade de São Tomé e Príncipe) e Docente na mesma Faculdade.

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