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Sinopse

Esta antologia reúne poemas de Al Berto, escolhidos por José Agostinho Baptista.
“Nada, quase nada, há que dizer sobre os poetas. Eles que digam tudo, quase tudo, eles que nos cerquem, que nos toquem.
Al Berto era desses, era assim: cercava, tocava, era profundamente tocado pela vida, pelos rostos da vida. Ardiam nele as chamas da alta combustão do poema, a inquietude dos lugares e dos dias, uma continuada vigília.
Pertencemos, etariamente, à mesma geração. Andámos pelos mesmos caminhos e por outros bem diferentes. E agora, que se fala tanto e tão absurdamente de gerações poéticas, apetece-me dizer que, para mim, simples partícula mortal, tudo isso representa uma falsa questão, um passatempo académico ou promocional que pretende, quase sempre, subterraneamente, ocultar maquinações pouco inocentes.
Interessa-me, isso sim, nesta selecção fatalmente subjectiva, o fio que conduz uma poética, o ouvido que escuta uma voz e a aproxima de cada um, de cada eleito, de cada leitor. O Al Berto que passa por mim é o que passou poeticamente pelo mundo, pela nossa condição de corpo errante, ávido, consumido pelos sentidos da existência, pelo sentir das existências.
A moda, o furor mediático, a glória vã, não me inquietam nem comovem; são meros sinais dos tempos. Os poemas, esses permanecem, atravessam os anos, procuram-nos, batem-nos à porta, e deles fazemos o que quisermos quando a voz do “anjo mudo” desperta e começa a falar-nos mais perto do ouvido, mais para dentro. Eu faço isto — coloco-os aqui, como “grãos de pólen”, no jardim daqueles que os deuses, cruéis ou dóceis nos seus desígnios, amaram.”

José Agostinho Baptista

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Autor

Al Berto

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