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Sinopse

A desarmante intimidade da poesia de Cláudia R. Sampaio coloca-nos no lugar intenso de quem parece esperar-se uma resposta. Assistimos à sua auscultação, à ansiedade pelo diálogo, sabendo bem que não é nossa a palavra que a salvaria, mas a tentação fica inteira na nossa boca. A força da sua poesia retira-nos a possibilidade de passarmos incólumes. Estamos comprometidos desde a leitura dos primeiros versos. Somos todas as pessoas que ama, que precisa de amar, e somos todas as pessoas que a magoaram ou se tornaram insuficientes. A força desta poesia não é, contudo, por confrangimento. Muito ao contrário. É pela humanidade, pela fortuna ética, pela beleza da expressão tão nua, tão sem máscaras de estilo que resulta num estilo de esplendor, naturalíssimo, cristalino.

Ou, talvez, tudo um pouco ao contrário. Quando toda a intimidade é uma deriva, tão sem rumo e sem garantia, o leitor é o lado de lá das pessoas fundamentais.

Ele comparece como útil fantasia na gestão das carências do sujeito poético. Subverter a distância entre quem escreve e quem lê foi sempre um milagre pretendido pela poesia. Este livro é, por isso, um milagre.

Valter Hugo Mãe

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Autor

Cláudia R. Sampaio

Cláudia R. Sampaio é uma poeta e pintora nascida em Lisboa (1981). Tem seis livros de poesia publicados até ao momento: Os dias da Corja, A primeira urina da manhã, Ver no escuro, 1025mg, Outro nome para a solidão e Já não me deito em pose de morrer. Também está publicada no Brasil com a trilogia "Inteira como um coice do Universo" (Edições Macondo). Em 2017, estreou-se na escrita para teatro, com uma peça para a 10.ª edição do festival PANOS, na Culturgest. Actualmente, é artista residente do projecto MANICÓMIO. Vive em Lisboa com as suas duas gatas: Polly Jean e Aurora.

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