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Um Sonho do Tio

Fiódor Dostoiévski

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Sinopse

Escrita entre 1856 e 1859, a novela Um Sonho do Tio foi originalmente concebida para teatro e é um dos textos de Dostoiévski onde o cómico atinge níveis tais que se transforma numa espécie de origem do mal.

Mária Aleksândrovna, grande dama de província, quer casar Zina, a sua filha de 23 anos, com um velho senil e muito rico, o príncipe K., recém-chegado à sociedade a Mordássov. Porém, há muito rivais, de parte a parte, e o plano parece difícil de concretizar.

Retratando a elite provinciana, na qual o vazio parece circular livremente dentro dos espíritos - como uma grande corrente de ar -, Dostoiévski pinta um retrato acutilante da amoralidade e hipocrisia, onde os mexericos grassam e as intrigas florescem em todo o seu esplendor, pelas mãos de personagens tão rasteiras quanto inesquecíveis.

Traduzido diretamente do russo por Nina Guerra e Filipe Guerra, vencedores do Grande Prémio de Tradução Literária APT/Pen Clube Português.


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Autor

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 30.10.1821 - S. Petersburgo, 28.01.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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