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O Eterno Marido

Fiódor Dostoiévski

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Sinopse

Dostoiévski, considerado um dos grandes iniciadores da literatura moderna, é também, em muitos aspectos, um precursor do pensamento de Freud pela compreensão das motivações profundas e não conscientes, do sofrimento psíquico, da linguagem dos sonhos, dos laivos de loucura que caracterizam os comportamentos. Como em O Idiota, aqui o ciúme é o tema-chave; mas, enquanto naquele livro os conflitos são vividos por caracteres dotados de força interior, em O Eterno Marido, esse sentimento é elaborado em função de uma personagem frágil, propensa a uma passividade que o expõe ao ridículo, e as suas tentativas de abafar os ressentimentos e alcançar a felicidade a todo o custo acabam por se exteriorizar assumindo os contornos do crime. Contudo, mais do que esta compreensão que Dostoiévski possui em relação aos comportamentos, fascinam-nos o seu alcance filosófico e a sua intuição poética, que nos deixam perante o enigma do psiquismo humano como mistério insondável. O Eterno Marido, publicado pela primeira vez em revista em 1870, só um ano depois seria editado em livro.

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Autor

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 30.10.1821 - S. Petersburgo, 28.01.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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