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Sinopse

Estávamos em 2007 e Portugal aproximava-se da tal crise, que hoje parece ter vindo morar connosco. Muitos amigos e colegas me chamavam maluco e questionavam o porquê de sair, como se eu me fosse atirar a algum poço escuro, sem fundo. Mas é uma questão geracional. Não emigramos desde sempre? No meu caso acresce-se um factor que parece genético. Pela mão da família sempre atravessei novas fronteiras, que me fizeram acreditar que viajar é uma necessidade. Mas, teimosamente ainda hoje não lhe chamo emigração, porque em grande parte era o que, naquele tempo, eu queria: trabalhar viajando por este globo fora. O primeiro destino foi Angola para trabalhar com Sistemas de Informação Geográfica. A minha formação é de matemática, electrónica e engenharia geográfica. Tudo cheio de lógica e resultados esperados. A escrita sempre serviu de refúgio ao mundo dos números - é o meu cantinho onde ouso divagar um pouco e partilhar a minha visão sobre os acontecimentos que vou vivendo. África surgiu como paixão, desde os meus 19 anos. Fiz uma viagem com a família e dei por mim a pensar se voltaria a Portugal. Ainda hoje não sei bem explicar porquê. África é brutal, para o bem e para o mal. Enquanto na Europa me parece tudo previsto e garantido, em África é como viver num filme sem guião. Desconhece-se o desfecho e tudo é possível. Isso dá-me vida. O tal bichinho de África de que se fala picou-me então, nesse ano de 2000, e ainda não procurei a cura. Por isso, veio a ideia de criar um blog para iniciar um registo da minha incursão por África – e assim criei a página “Tertúlia Africana”. Eu sabia de antemão que experiências, para servir de material de escrita, não iriam faltar. Podia não dar nada, podia terminar ao fim de meia dúzia de textos, mas podia também dar um livro. E cá está ele…quem diria? O desafio sempre foi escrever vivências, fugindo ao facilitismo, ao gozo fácil pelas diferenças culturais. Estes textos são tanto conversas que tive comigo mesmo, como tertúlias entre amigos e partilhas entre estranhos. Foram 10 anos de conversas, agora convertidas neste livro. Estive na dúvida em editar os textos, pois alguns já têm vários anos e com o tempo teria o impulso de colocar mais uns pozinhos. Mas achei melhor não. Deixo os textos e a sua respectiva cronologia falarem por si. Continuo a escrever o meu blog, vendo-o como um puzzle em que o número final de peças ainda está por definir. Qual será a próxima tertúlia? Com a família a aumentar e continuando a viver em modo semi nómada, certamente encontrarei um cantinho tertuliante inspirador para partilhar próximas histórias.

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Autor

André Pinheiro

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