O testemunho de um autor no ano do colapso.
Todas as peças apresentadas neste volume tiveram a sua estreia em 2001. O ano do colapso das Torres Gémeas, em Nova York, num atentado terrorista perpetrado pela organização de inspiração islâmica Al-Qaeda a 11 de Setembro. Este acontecimento alterou a percepção do mundo como a tínhamos até então.
Este quarto volume das Obras (In)completas reforça algumas linhas de força do Teatro da Garagem.
São enfim os universos recorrentes garagianos que se intersectam numa roda viva de expressões e ensaios, que visam o testemunho, a ideia corajosa de assumirmos um rosto diante dos desafios do tempo, diante dos crimes perpetrados em nome da sobrevivência, e como a história é fértil em escolhas difíceis, que fazem jus à nossa responsabilidade e carácter, ou falta dos mesmos, diante da tragédia comum. [ Carlos J. Pessoa
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Carlos J. Pessoa
Nasceu em Lisboa, em 1966.
Encenador e dramaturgo, é docente da Licenciatura em Teatro da ESTC e coordenador pedagógico-artístico do Mestrado em Teatro, especialização em Encenação, da mesma escola. Foi Director do Departamento de Teatro da ESTC entre 2004 e 2010 e Presidente da mesma instituição em 2011. Tem o título de Especialista em Teatro – Encenação, atribuído pelo IPL. Fez a pós-graduação e o curso de doutoramento em Ciências da Comunicação, Variante Comunicação e Artes, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. É co-fundador e Director Artístico do Teatro da Garagem. Desde 1989, foi o autor e encenador da quase totalidade dos 100 espectáculos que a companhia apresentou. Tem publicadas e traduzidas diversas peças de teatro, artigos e textos críticos. O seu trabalho artístico recebeu vários prémios a nível nacional e internacional. Em 1992 recebeu uma Menção Honrosa do prémio Madalena de Azeredo Perdigão, pela encenação de A Cidade de Fausto; em 1993 recebeu o prémio Texto de Teatro do Teatro na Década do Clube Português de Artes e Ideias, pela peça Café Magnético; em 2000 foi-lhe atribuído o Prémio CyberKyoske99 – Género Drama, pela peça Desertos – evento didáctico seguido de um poema grátis; em 2003, recebeu uma Menção Especial, pelo o espectáculo Circo, pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro; em 2009 foi-lhe atribuído o Prémio Melhor Texto Original Português do Guia dos Teatros pelo texto On the Road, ou a hora do arco-íris; em 2014, o texto Finge, de sua autoria, foi nomeado na Categoria de Teatro – Melhor Texto Português Representado, para o Prémio Autores da Sociedade Portuguesa de Autores; em 2016, o texto Para uma encenação de Hamlet, de Jorge Listopad, na adaptação e encenação de Carlos J. Pessoa, obteve o Prémio Autores na Categoria de Teatro – Melhor Texto Português Representado atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores; em 2016, o texto de sua autoria Ela Diz foi seleccionado pela Rede Europeia de Tradução Teatral – EURODRAM; 2018, o espectáculo Black Stars, com texto e encenação de Carlos J. Pessoa, recebeu a distinção de Menção Honrosa – Prémio do Júri no Prémio Internacional Il Teatro Nudo di Teresa Pomodoro [Júri Internacional composto por: Peter Stein, Eugenio Barba, Lluís Pasqual, Tadashi Suzuki, Lev Dodin, Stathis Livatinos, Ludovic Lagarde, Ruth Heynen, Enzo Moscato e Oskaras Korsunovas].
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