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Sinopse

A saga do velho coronel cossaco Tarass Bulba que parte com os seus dois filhos para os iniciar na vida dos cossacos, é uma ode à vida livre e honrada dos grandes guerreiros das estepes em conflito constante com a Rússia, a Polónia, os Tártaros e os Turcos. Contudo, o equilíbrio familiar é perturbado durante a viagem a uma cidade na Ucrânia quando Oslap, o filho mais novo de Tarass Bulba descobre numa cidade sitiada pelos cossacos a bela filha do governador polaco por quem se apaixonara quando estudava em Kiev.
Grande percursor do romance histórico moderno, texto romântico vibrante pleno de batalhas e confrontos épicos, do folclore da vida dos cossacos, dos preconceitos sociais da época e da região, de paixões arrebatadoras, Tarass Bulba, o Cossaco é a exaltação dos valores cossacos e de um tempo que dificilmente voltará.
Traduzido pela primeira vez do original russo, a obra-prima de Gogol que escandalizou a Rússia. Esta edição única junta no mesmo volume o conto original de 1835 que foi censurado pelas autoridades russas por ser "demasiado ucraniano" e a novela de 1842 reescrita pelo autor e que foi divulgada no mundo ocidental. Em conjunto as duas versões da história explicam em muito o conflito Rússia-Ucrânia ao longo dos tempos e sobretudo em tempos recentes.

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Autor

Nikolai Gógol

Nikolai Gógol nasceu em 1809, na cidade de Sorotchintzii, situada na Pequena Rússia, atual Ucrânia. Estudou no Liceu Nejin. O pai, proprietário de terras, faleceu quando ele tinha dezasseis anos. Em 1828, partiu para São Petersburgo. Segundo uma das lendas, que ele próprio criou, a primeira coisa que fez ao chegar à cidade foi visitar Púchkin. Ao certo sabe-se que gastou cerca de 350 rublos em roupas novas, deambulou em busca de emprego e publicou dois poemas que escrevera dois anos antes. Hanz Kuechelgarten foi recebido com silêncio apenas interrompido por uma impiedosa crítica no Telégrafo de Moscovo. Gógol e o seu criado foram às livrarias comprar todos os exemplares disponíveis e queimaram-nos. Em agosto desse ano, Gógol viajou pelo norte da Alemanha, de onde regressou em finais de setembro para ingressar na função pública. No início de 1830, publicou o seu primeiro conto, com a assinatura «OOOO». Em 1834, com o apoio de alguns amigos literários, é nomeado professor assistente de História Mundial da Universidade de São Petersburgo, matéria em que era bastante ignorante. Em 1835, publicou dois volumes de contos com o título Mirgorod e Taras Bulba. É nessa época que escreve O Nariz, a história dum infeliz cujo nariz se separou dele. É também nesse período que escreve O Inspetor-Geral, cuja representação em 1836 foi autorizada por Nicolau I, sendo ainda hoje considerada por alguns a maior peça de teatro escrita em russo. Em junho de 1836, Gógol parte para o estrangeiro, onde viverá até 1848, regressando à Rússia apenas por breves períodos. É já na Suíça, em outubro de 1836, que começa a Primeira Parte de Almas Mortas, que continuará nos anos seguintes em Paris. Em 1837 e 1838, está em Roma, onde conclui O Capote. Em 1842, publica a Primeira Parte de Almas Mortas (da Segunda Parte apenas deixou os primeiros capítulos). Entre 1842 e 1848, viaja de um para o outro lado à procura de inspiração e saúde. Depois regressa a Moscovo, Odessa, Vassilevka e, em 1852, novamente a Moscovo, onde acaba por falecer. Como escreve Nabokov, «Nikolai Gógol, o mais estranho poeta prosador que jamais produziu a Rússia, morreu numa quinta-feira de manhã, um pouco antes das oito horas, a 4 de março de 1852, em Moscovo. [...] O esgotamento físico total resultante duma greve de fome voluntária (com a qual a sua melancolia mórbida tentara opor-se aos desígnios do Diabo) culminou numa anemia aguda do cérebro (associada, provavelmente, a uma gastroenterite devida à inanição), e o tratamento de purgas e sangrias vigorosas a que foi submetido apressou a morte dum organismo já gravemente diminuído pelas sequelas da malária e da má alimentação».

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