Não era segredo que, no país de Salazar, a PIDE farejava em cada esquina, em cada canto, em qualquer lugar. Mas Armando Neto não imaginava que alguém próximo fosse capaz de lhe abrir as portas do inferno. Durante anos a fio, numa cela fria de Peniche, pagou muito por quase nada. Porém, só na hora da morte revelou o nome que abriu caminho à cruzada de Rafael. O filho jurou vingança e a cobrança da dívida vai levá-lo por trilhos às vezes aprazíveis, outras vezes pantanosos.
Pela “Sonata”, nome de mansão e local de encontro de amantes ocasionais, passa o retrato dos tempos cruéis da ditadura, dos métodos sinistros da polícia política e do Portugal supostamente neutro que, em plena II Guerra Mundial, sufocava imerso num mar de espiões de ambas as partes da contenda.
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Carlos Alberto Saloio
Nasceu em Évora, tendo-se dedicado dezasseis anos à música, que abandonou aquando do ingresso numa instituição bancária. Após uma longa carreira de mais de três décadas, na função de Técnico/Coordenador em áreas dos Recursos Humanos, assumiu a coordenação do centro cultural e desportivo dos empregados do Banco.
Porém, desde muito cedo, a par da magia dos sons, cultivou o gosto pela escrita e pela Comunicação Social, tendo sido colaborador de vários jornais e, durante mais de uma dezena e meia de anos, animador em diversas rádios locais e regionais, onde também efectuava análise política.
Atento aos horrores do Holocausto, em 2008 publicou o romance “O Jardim do Arquitecto”, primeiro de uma trilogia sobre as atrocidades cometidas pelo regime nazi, ao qual se seguiram “O Último Legado” (2010) e “Serra Negra”, em 2012.
O seu quarto romance, “Sonata”, é mais uma denúncia (nunca demais) acerca dos hediondos crimes cometidos pela PIDE sob o manto da ditadura de Salazar, a par de uma perspetiva da espionagem em Portugal, nos tempos conturbados da II Guerra Mundial.
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