
Poderá gostar
Detalhes do Produto
- Editora: Colibri
- Categorias:
- Ano: 2024
- ISBN: 9789895662463
- Número de páginas: 324
- Edição: 2
- Capa: Brochada
Sinopse
Afirma Ivan Jablonka (Paris, 1973-) que a História é uma literatura contemporânea, defendendo que é nisso que acredita, como uma via nova para contar o que aconteceu. Fechada desde o séc. XIX na procura de um método científico, terá desprezado a “forma”, acredita o autor, diminuindo a emoção e o prazer e criando obstáculos à compreensão completa do real.
Não foi tão longe esta aventura, ao contar-se a história de “Lucas” e da vida camponesa de uma aldeia perdida na encosta da ribeira da Isna, porque ficou a escrita dividida entre a narrativa ficcional e o ensaio. Mas, como se verá, uma e outra são apenas o resultante de formas diferentes do olhar, nenhuma delas mais informada que a outra.
Confiemos na mestria do narrador para desdobrar-se em ator (que ainda não deixou de ser) e contador de histórias, sabendo nós que viver e contar são coisas diferentes, cada uma para seu dia. E que a vida é sempre muito mais do que aquilo que se viveu quando nos dispomos a contá-la.
***
Resistiu o nome – Sipote, assim grafado desde que há memória documental (c.1527). Certo é que já houve épocas em que se lhe atribuiu o nome de Cipote em placa toponímica e endereço postal, um termo castelhano pouco edificante que, por certo, foi abandonado por não ter correspondência com o nome original. Esse há de querer estar associado a sítio (“lugar”, “cidade”), como tantos outros em que o radical “ipo”, “ippo”, de origem orientalizante (tartéssica) se latinizou. Como aconteceu também em Olissipo, depois Lisboa.
Ler mais