Ezequiel de Campos (12 de Dezembro de 1874-26 de Agosto de 1965) formou-se em Engenharia Civil e de Minas, em 1898. Em 1899, encetou a actividade em São Tomé, onde se evidenciaram as convicções republicanas como as preocupações económicas e sociais. Proclamado Constituinte, pela Póvoa de Varzim, notabilizou-se pela análise dos factores determinantes da decadência nacional e da procura do modelo de desenvolvimento adequado à realidade portuguesa. Nesse exercício inscreveu-se o labor do deputado sobre a propriedade rústica, os sistemas de transporte, a energia hídrica, o desenvolvimento industrial. Malogradas as tentativas, afastava-se do Parlamento e descria d República. Manteve os intentos reformadores do Estado, em cujas competências incluía o planeamento económico. Publicista infatigável, divulgou o ideário em obras como «A Conservação da Riqueza Nacional », em 1913; «Evolução ou Revolução Agrária», em 1918; «Lázaro!… Subsídios para a Política Portuguesa» (1.ª parte, em 1922; 2.ª parte, em 1928); «A Crise Portuguesa, subsídios para a Política de Reorganização Nacional», em colaboração com Quirino de Jesus, em 1923. Colaborador em «A Lucta», «O Comércio do Porto», «Pela Grei. Revista para o Ressurgimento Nacional» e «Seara Nova». A condição de Seareiro explicava o convite para integrar o executivo em Novembro de 1924, como responsável pela pasta da Agricultura. Tais funções, exercidas até Fevereiro de 1925, revelavam-se o derradeiro ensejo para a reforma dos sectores agrário e agrícola.