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Quinze Poetas Portugueses do Século XX

Grãos de Pólen

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Sinopse

“O domínio completo da imaginação, a instauração da total liberdade de associação de palavras, de imagens, de sons (sem, contudo, geralmente, se abdicar de uma fidelidade profunda ao real), a libertação do discurso poético, em suma, eis o que talvez melhor caracterize a poesia do século XX, que, no caso português, em Pessanha, Pessoa, Sá-Carneiro, encontra os seus mestres, aos quais forçoso será juntar, pelo menos, o nome precursor de Cesário. Que a imaginação e a liberdade não se tenham nunca oposto ao quase obsessivo rigor construtivo (poemas como “Uma pequenina luz” de Jorge de Sena ou “Um dia não muito longe não muito perto” de Ruy Belo poderão ser, entre muitos outros possíveis, exemplos elucidativos do que acabo de dizer), mesmo em poetas que delas amplamente fizeram uso, é outro fenómeno definidor do que o leitor irá encontrar nesta antologia. António Ramos Rosa, uma das mais agudas consciências críticas da nossa modernidade poética, pôs sob o signo de Rimbaud a poesia sua contemporânea, ao intitular Poesia, Liberdade Livre o primeiro livro de ensaios que publicou (1962). E afirma, na já citada recensão a "Louvor e Simplificação" de Álvaro de Campos, reproduzida, aliás, na contracapa da reedição do poema, em finais da década de 50: “Chamo provocação a toda a séria tentativa surrealista de denúncia da realidade através duma coerência total com o próprio grito.” Se não apenas a poesia surrealista, mas toda a poesia moderna, pode ser lida como essa ‘denúncia da realidade’, no sentido em que é no luminoso abismo aberto entre o real e a linguagem que a evidência da poesia se produz e revela, então é certamente poesia o que poderá ler-se nas páginas deste livro.”

Gastão Cruz

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