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Vítor Guerreiro, Carlos João Correia, Vítor Moura
Um livro de homenagem a Maria do Carmo d'Orey, que é simultaneamente um volume de ensaios sobre múltiplas questões relativas à arte.
Este livro é, antes de mais, uma homenagem à pessoa e à obra filosófica de Maria do Carmo d’Orey, filósofa, artista e professora de Estética da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL). Os ensaios deste volume dividido em três partes – Arte e Realidade, Arte, Imagem e Significado e ainda Exemplificação e Expressão – são assinados por pessoas de várias gerações e contextos, unidas pela estética filosófica e pelo simbolismo deste gesto de reconhecimento. A maior parte dos artigos lida, portanto, com vários aspectos da Filosofia da Arte, especialmente da filosofia de Nelson Goodman.
Maria do Carmo d’Orey (1933-2023) foi filósofa, artista e professora universitária.
Natural de Coimbra, estudou primeiramente Artes Plásticas em Londres e Lisboa – especialmente escultura, que sempre fez – e, mais tarde, Filosofia. Tornou-se assistente convidada em 1976 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL). Quando iniciou, sob a orientação de Fernando Gil (1937-2006), o doutoramento sobre a filosofia da arte de Nelson Goodman (1906-1998), foi também admitida como visiting scholar em Harvard, onde trabalhou directamente com Goodman e com a filósofa Catherine Z. Elgin. A tese submetida à FLUL veio a ser publicada pela Fundação Calouste Gulbenkian com o título A Exemplificação na Arte: Um Estudo sobre Nelson Goodman (1999) e constitui uma defesa empolgante e sistemática do cognitivismo estético, cuja perspectiva é a de que a arte expande a nossa compreensão das coisas.
O trabalho de Maria do Carmo d’Orey foi crucial e pioneiro para a Filosofia da Arte em Portugal, nomeadamente com a criação do mestrado em Estética e Filosofia da Arte, na FLUL, juntamente com Rui Mário Gonçalves.
Distinguiu-se também por razões não académicas, tendo sido uma das fundadoras da Comissão Nacional de Socorro aos Presos Políticos, em 1969. Referir este aspecto é importante ao lembrar alguém que nunca perdeu de vista a diferença entre a vida académica e o que através desta se procura, sem esquecer a vida maior que lhe dá sentido.