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Sinopse

A história clássica de «Antígona» recontada nos dias de hoje a revelar a eternidade da tragédia.

Segundo de uma trilogia de romances que recriam, nos dias de hoje, os dramas clássicos: depois de em «Cada Vez Mais Forte o Sino», um recontar do «Rei Édido», agora é a vez de «Antígona».
Estamos na Tebas das sete portas, numeradas as sete partes desta «Punição», pois é disso que se trata, não havendo lugar para vencedor e vencido quando todos perdem, por ser assim o trágico. Portas encontradas na Ode ao Homem cantada pelo coro; também aqui o alcance da filosofia (a primeira porta), da música (a terceira porta), da física quântica (a quinta), da poesia (sexta), mas também o hedonismo (a segunda porta), a contaminação pelo canibalismo (quarta porta), e a sociedade distópica (sétima e derradeira porta).

É sobejamente conhecida a história de tão comentada e explorada, talvez mais do que qualquer outra. Mas o que fica da famosa fábula neste livro quando o importante não é Antígona ou Creonte, nem os irmãos Polinices e Etéocles? Tudo sendo apenas meios para cumprir o desenrolar da inevitabilidade, na Tebas entre Vila velha de Tão Pouco e a cidade do Porto, repetindo personagens ou versões de uma mesma coisa.

E qual o crime praticado por qualquer uma dessas várias Antígonas do livro? Esse horrível crime que só uma mulher praticaria. Mas com isto que não se espere encontrar a versão feminista de Antígona, nem mesmo um helenismo romântico ao gosto de modas, ou a Antígona presente em cada um de nós tal como Kierkegaard o fez, ou, até, o exagero do divino quando Hegel nos leva a colocá-la acima de Jesus Cristo na sua entrega à morte. Não é disto que se trata e, ao mesmo tempo, é tudo isto.

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Autor

Miguel Marques

Miguel Marques escreveu o romance Cada Vez Mais Forte o Sino (BookBuilders 2017).

Nasceu no Porto em 1971, vive em Vila do Conde.

Continua com intensa atividade na associação cultural Cabe Cave.

Prepara o terceiro volume da trilogia do Édipo, dedicado ao derradeiro Édipo em Colono de Sófocles, invertida a ordem cronológica das fábulas (Rei Édipo, Édipo em Colono, Antígona). Conta-se a redenção possível do ser trágico no confronto interior de Isaac Lobo; a falhada passagem ao divino prevista no texto original. Agora o tempo marca-se alternativo num mesmo espaço, repete-se, quando necessário, evitando a libertação última pelo suicídio. Ao contrário de Édipo, Isaac não sai transfigurado na sua aproximação ao fim, nem tenta justificar os seus crimes pela simples razão de não os ter cometido, quando a sua mácula é herdada por contaminação. Nem esse fim está destinado a Isaac Lobo.

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