Playful and experimental, James Joyce's autobiographical A Portrait of the Artist as a Young Man is a vivid portrayal of emotional and intellectual development. This Penguin Modern Classics edition is edited with an introduction and notes by Seamus Deane.
The portrayal of Stephen Dedalus's Dublin childhood and youth, his quest for identity through art and his gradual emancipation from the claims of family, religion and Ireland itself, is also an oblique self-portrait of the young James Joyce and a universal testament to the artist's 'eternal imagination'. Both an insight into Joyce's life and childhood, and a unique work of modernist fiction, A Portrait of the Artist as a Young Man is a novel of sexual awakening, religious rebellion and the essential search for voice and meaning that every nascent artist must face in order to fully come into themselves.
James Joyce (1882-1941), the eldest of ten children, was born in Dublin, but exiled himself to Paris at twenty as a rebellion against his upbringing. He only returned to Ireland briefly from the continent but Dublin was at heart of his greatest works, Ulysses and Finnegans Wake. He lived in poverty until the last ten years of his life and was plagued by near blindness and the grief of his daughter's mental illness.
If you enjoyed A Portrait of the Artist as a Young Man, you might like Joyce's Dubliners, also available in Penguin Modern Classics.
'There is nothing more vivid or beautiful in all Joyce's writing. It has the searing clarity of truth ... but is rich with myth and symbol'
Sunday Times
'James Joyce was and remains almost unique among novelists in that he published nothing but masterpieces'
The Times Literary Supplement
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James Joyce
James Joyce nasceu em Dublin a 2 de Fevereiro de 1882.
Era o mais velho de dez crianças de uma família que passou da prosperidade à quase pobreza. Teve acesso a uma educação privilegiada numa escola jesuíta e no University College de Dublin, onde deu provas do seu talento e cedo assumiu poses de genialidade. Aos 17 anos publicou, na Fortnightly Review, um longo estudo sobre Ibsen, autor que o levou a aprender norueguês. Em 1902 deslocou-se para Paris, com a intenção de estudar Medicina, projecto de que desistiu pouco depois para se dedicar à escrita de poemas e prosa. As obras de Dante, Shakespeare, Homero e Aristóteles despertaram o seu interesse.
Regressou a Dublin em Abril de 1903 devido à doença de sua mãe, que faleceria alguns meses depois.
No Verão de 1904 conheceu Nora Barnacle, uma jovem de Galway, que convenceu a acompanhá-lo para o Continente, onde planeava dar aulas de Inglês. O jovem casal passou alguns meses em Pola (actual Croácia) e, em 1905, deslocou-se para Trieste, onde, exceptuando uma estada em Roma e três viagens de Joyce a Dublin, viveram até Junho de 1915. Foi nesses períodos de separação que Joyce escreveu a Nora cartas abordando aspectos íntimos da sua vida sexual. Tiveram dois filhos, um rapaz e uma rapariga. Nora sentiu sempre uma admiração incondicional por Joyce, embora, ao que parece, nunca tenha lido nenhuma das suas obras.
O primeiro livro de poemas de Joyce, Música de Câmara, foi publicado em Londres em 1907, e Dublinenses em 1914.
A participação da Itália na Primeira Grande Guerra levou Joyce a deslocar-se para Zurique, onde se manteve até 1919. Durante este período publicou Retrato do Artista quando Jovem (1916) e Exílios (1918), uma peça teatral.
Depois de um breve retorno a Trieste no fim da guerra, Joyce decidiu voltar para Paris de modo a poder editar Ulisses, em que trabalhava desde 1914 (ao deixar a Irlanda, jurara escrever um livro com as «três armas» que lhe restavam, «o silêncio, o desterro e a subtileza»). A obra acabou por ser publicada, pela sua amiga Sylvia Beach, na Shakespeare & Company, em Paris, no dia do seu aniversário em 1922. Ulisses trouxe-lhe fama internacional, apesar de críticas negativas, como a de Virginia Woolf, que recusou publicá-lo na The Hogarth Press.
Como é sabido, o livro, de referências homéricas, recria um dia de Dublin, o 16 de Junho de 1904.
Em público Joyce era lacónico e distante. Numa carta a Nora definiu-se mesmo como «um homem ciumento, solitário, insatisfeito, orgulhoso». Tinha hábitos rígidos, comendo sempre no mesmo restaurante, em Paris, às nove horas. Quase todos os escritores que com ele se davam, com excepção de Djuna Barnes, o tratavam por Mr. Joyce. Em privado era mais expansivo, sobretudo em temas teológicos. Era supersticioso e as trovoadas apavoravam-no. Tinha problemas nos olhos e fez várias operações que não impediram que um glaucoma acabasse por cegá-lo.
Escreveu ainda Finnegans Wake, apesar da quase cegueira e das preocupações causadas pela doença mental da filha. Segundo Joyce, o livro, saído em 1939, daria que fazer aos críticos durante muitos anos. A obra, de difícil leitura e quase impossível tradução, foi recebida com frieza, o que amargurou os últimos anos de vida de Joyce.
No começo da Segunda Grande Guerra foi viver para França. Num escrito que lhe dedicou nessa época, Borges escreveu: «James Joyce, agora, vive num apartamento em Paris, com a sua mulher e os seus dois filhos. Vai sempre com os três à ópera, é muito alegre e muito conversador. Está cego.»
Em 1940, Joyce conseguiu permissão para regressar a Zurique. Aí faleceu a 13 de Janeiro de 1941, de uma úlcera perfurada. Estava prestes a fazer 59 anos e o seu génio literário era amplamente reconhecido. Está enterrado no Cemitério de Fluntern, em Zurique. A 16 de Junho, o Bloomsday, a Irlanda, com a qual teve sempre uma relação difícil, celebra-o como herói nacional.
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