«Há muito tempo que não lia um livro tão convincente e tocante, tão inteligentemente concebido.»
Mario Vargas Llosa
O retábulo definitivo sobre mais de 30 anos da vida no País Basco sob o terrorismo.
No dia em que a ETA anuncia o abandono das armas, Bittori dirige-se ao cemitério para, na sepultura do marido, Txato, assassinado pelos terroristas, lhe contar que decidira voltar à casa onde tinham vivido os dois. Mas poderá ela conviver com aqueles que a perseguiram antes e depois do atentado que transtornou a sua vida e a da família? Poderá saber quem foi o encapuzado que num dia chuvoso matou o marido, quando este regressava da sua empresa de transportes?
Por mais que chegue às escondidas, a presença de Bittori alterará a falsa tranquilidade da terra, sobretudo a da vizinha Miren, amiga íntima noutros tempos, e mãe de Joxe Mari, um terrorista encarcerado e suspeito dos piores receios de Bittori. O que aconteceu entre essas duas mulheres? O que envenenou a vida dos filhos e dos respetivos maridos, tão unidos no passado? Com lágrimas escondidas e convicções inabaláveis, com feridas e coragem, a história arrebatadora das suas vidas, antes e depois da tormenta que foi a morte de Txato, fala-nos da impossibilidade de esquecer e da necessidade de perdoar numa comunidade fragmentada pelo fanatismo político.
Premio de la Crítica 2016 (narrativa em língua castelhana)
Premio Francisco Umbral 2017 (livro do ano)
Premio Nacional de Narrativa 2017 (narrativa em língua castelhana)
Premio Dulce Chacón 2017 (narrativa em língua castelhana)
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Fernando Aramburu
Fernando Aramburu nasceu em San Sebastián, em 1959. É licenciado em Filologia Hispânica pela Universidade de Saragoça e foi membro do Grupo CLOC de Arte y Desarte.
Considerado um dos narradores mais destacados em língua espanhola, é autor dos romances Fuegos con limón (1996), Los ojos vacíos (2000, Prémio Euskadi), que juntamente com Bami sin sombra (2005) e La gran Marivián (2013) formam a «Trilogía de Antíbula», El trompetista del Utopía (2003), Viaje con Clara por Alemania (2010), Años lentos (2012, VII Prémio Tusquets Editores de Romance e Prémio dos Livreiros de Madrid) e Ávidas pretensiones (Prémio Biblioteca Breve 2014). Publicou também os livros de contos Los peces de la amargura (2006, XI Prémio Mario Vargas Llosa NH, IV Prémio Dulce Chacón e Prémio Real Academia Espanhola 2008) e El vigilante del fiordo (2011), e a sua poesia completa está reunida em Sinfonía corporal (2023).
Pátria (2016) foi considerado um dos livros mais impressionantes da literatura espanhola contemporânea, tendo-lhe sido atribuídos o Prémio Nacional de Narrativa, o Prémio Nacional da Crítica, o Prémio Euskadi de Literatura, o Prémio Strega Europeu e o Prémio Lampedusa, entre outros. Foi traduzido para mais de 30 línguas e adaptado para televisão numa série da HBO. O Regresso dos Andorinhões (2021) e Filhos da Fábula (2023) confirmaram-no como um dos melhores escritores europeus.
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