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Sinopse
O que é feito do homem quando a violência da guerra põe em causa a própria definição de humanidade? Génio irado mas compassivo, Karl Kraus mergulhou no pandemónio da Grande Guerra (1914-18) e de lá regressou com duas centenas de cenas da “humanidade em decomposição”. Os Últimos Dias da Humanidade (1915-22) é uma crónica desses dias sangrentos que viram nascer a era da industrialização da morte, da mentira, da estupidez. Mas é também um laboratório de escrita experimental a que alguém já chamou a “obra-prima submersa do teatro do século XX”. Um teatro da citação, da repetição, da montagem, do contraste: personagens e documentos “reais” vivificados pela imaginação satírica do autor, a atrocidade de mãos dadas com a futilidade. “Contrastes assim só os há na guerra!” Suscitada pelos encenadores Nuno Carinhas e Nuno M Cardoso, esta versão integral, que agora reeditamos, valeu a António Sousa Ribeiro o Grande Prémio de Tradução Literária APT/SPA 2017.