Quarenta e oito cartas e trechos de diários da Segunda Guerra Mundial. Diferentes personagens revelam seus momentos mais dramáticos. Desesperança e esperança, amor e ódio, coragem e medo, lutam palmo a palmo para não haver rendição. A ótica é a do ponto de vista do ser humano, dos seus medos. Cada carta aborda temas como a esperança, a dor, o terror, o desespero, a solidão, o ódio, a vingança, o egoísmo e o amor. É o ser humano em conflito interno diante do limite, do imponderável, do que não lhe parecia ser possível acontecer.
Em termos de comunicação, três coisas foram absolutamente importantes durante o conflito: a rádio, os diários e as cartas. Estes eram os meios de diversão e de desabafo disponíveis. A rádio e as cartas levavam e traziam esperança. Boas e péssimas notícias; esperança e lágrimas. Milhões de cartas ficaram pelo caminho e nunca chegaram ao seu destino. É destas cartas que este livro trata.
Estas cartas são, ao mesmo tempo, uma provocação e uma reflexão maior sobre a paz. A paz interna, a paz como fio condutor de uma série de eventos, ao longo do rastro que a guerra traçou e do seu legado. Fica a interrogação sobre as vidas de tantos inutilmente perdidas, legados de medalhas e legado de heróis anónimos, gente do povo que estavam no meio do fogo cruzado, no palco da guerra, no mar, no ar ou em terra. E é a todos estes anónimos, independentemente de que lado tenham estado, gente do povo, crianças, velhos, mulheres, jovens, túmulos sem nome, que não pediram a guerra, a quem as vidas foram arrancadas, que dedico este livro