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Sinopse

“A presente edição vem preencher uma imensa lacuna na literatura filosófica em Portugal. De facto, não se pode dizer que Walter Benjamin, um autor cuja obra teve uma difusão e recepção muito alargadas, a partir de finais da década de sessenta, por toda a Europa, nos Estados Unidos e, mais tarde, também no Brasil, alguma vez tenha tido uma presença significativa em Portugal, pelo menos no que se refere à edição dos seus textos fundamentais. Uma rápida consulta à bibliografia organizada por Momme Brodersen (Walter Benjamin. Eine kommentierte Bibliographie. Morsum/ Sylt, Cicero Presse, 1995) é elucidativa da quase ausência de textos de Benjamin traduzidos do original e editados em livro antes da década de noventa. Se é certo que o primeiro texto de Benjamin traduzido por um português (mas não editado em Portugal, na medida em que aparece na revista Humboldt, na altura com redacção em Hamburgo e publicada em alemão, castelhano e português) é já de 1963 – trata-se de "A tarefa do tradutor", numa versão de Fernando Camacho que traz claras marcas das dificuldades que o tradutor teve em compreender e passar para português esse ensaio-chave da metafísica da tradução no século XX –, o facto é que Walter Benjamin só surge em edições autónomas, também elas muito problemáticas, na década de noventa (nomeadamente com os volumes, híbridos e desfigurados na tradução, Rua de Sentido Único e Infância em Berlim por volta de 1900 e Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política, ambos de 1992). De permeio, apenas alguns ensaios e pequenos textos soltos, raramente traduzidos do original. Uma situação editorial paupérrima e catastrófica, se exceptuarmos dois títulos que documentam a produção literária, mas não filosófica, de Walter Benjamin: as Histórias e Contos, com tradução de Telma Costa (1992) e os Sonetos, na versão de Vasco Graça Moura (1999).”

João Barrento, no posfácio a esta edição.

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Autor

Walter Benjamin

Walter Benjamin nasceu em Berlim em 1892, no seio de uma família judaica. Estudou Filosofia em Berlim, Munique e Freiburg e doutorou-se em Berna (Suíça) no ano de 1919, com a tese A Crítica de Arte no Romantismo Alemão. A ascensão de Hitler e do nazismo obrigaram-no a fugir de Berlim, em 1933. Residiu sobretudo em Paris, com passagens por Itália e por Espanha. O medo de ser entregue à Gestapo e as dificuldades em passar a fronteira entre França e Espanha conduziram-no ao suicídio em 1940. Como legado deixou-nos uma obra filosófica de uma impressionante atualidade, onde se cruzam os assuntos que tentava compreender e estudar: História, Modernidade, Arte, Tecnologia, literatura dos séculos XIX e XX e a ascensão da cultura de massas, assim como numerosas traduções e análises literárias a Baudelaire, Brecht, Hölderlin, Kafka e Proust.

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