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Sinopse
João Norton SJ: «A prática artística situa-se entre o ser e o pensar, entre a espessura do sensível e opacidade do ser e a incisão e transparência que o pensamento procura.»
Uma «casula de cor roxa» foi o mote proposto a João Norton SJ, para que desenvolvesse, como comissário, o conceito da exposição que, na Galeria Fundação Amélia de Mello, atravessaria a Quaresma do ano de 2020.
Na exposição que tomou como título O Roxo e as Cinzas, a casula viria a ser a peça de Raul Lino selecionada pelo comissário; e a cor roxa encontraria, na matéria das cinzas, o contraponto para criar o discurso expositivo e para suscitar a reflexão sobre as «sensações e significados a partir da cor e da matéria enquanto símbolos e sinais», conforme nos elucida João Norton, logo no primeiro texto deste catálogo.
[Paulo Campos Pinto]
Arte e religião sempre caminharam e caminham em grande proximidade, às vezes confundindo-se, às vezes utilizando-se mutuamente, às vezes combatendo-se, em rivalidade. Em rigor, nada estranha essa proximidade. E pode resumir-se no seu grande tópico comum: a condição humana. Essa é, de facto, a questão, mas também o lugar, o topos em que habitam arte e religião.
[João Manuel Duque]
Na normalidade da nossa perceção e cognição, olhamos através da cor em busca do sentido que carrega, desde a sensação que evoca até à assinatura de uma preferência cromática, a que a leitura cultural do seu simbolismo coloca um desafio permanente, como bem ilustra a exposição O Roxo e as Cinzas.
[Ana Margarida Abrantes]
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