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O repúdio do conhecimento - Em sete peças de Shakespeare

Stanley Cavell

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Sinopse

«Estamos perante uma antologia de ensaios shakespearianos de um não shakespeariano tornado uma autoridade entre shakespearianos. Cavell adverte à partida para a existência de uma distância cautelar entre filosofia e literatura. o diálogo que Cavell enceta com Shakespeare é, assim, o de um filósofo com um arguente filosoficamente pouco interpelável.

A hibridez disciplinar de Cavell está na defesa de que Shakespeare não poderia ser quem é se a sua obra não convocasse as preocupações filosóficas mais profundas da sua cultura, e no seu objectivo de provar que a obra de Shakespeare exibe exemplarmente uma certa cartografia do cepticismo e que as suas peças parecem falar, fazem perguntas, testam a filosofia.

Esta shakespeariana mostra-nos, com notável mestria, os caminhos tortuosos do conhecimento por via da dificuldade de reconhecimento. o ponto geral resulta de uma intuição importante: a incerteza sobre a existência do mundo externo é a doença do céptico, e essa é a doença de todas as personagens trágicas de Shakespeare, as quais descrevem uma rota particular de colisão ao colocarem em dúvida a sua existência e a existência dos outros nesse mundo.»

Daniel Jonas, do prefácio 


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Autor

Stanley Cavell

Stanley Cavell morreu em 2018, prestes a completar 92 anos de vida. Nesse denso intervalo de tempo, afirmou-se como um dos mais brilhantes filósofos dos EUA. Nascido em Atlanta, numa família de sensibilidades artísticas várias, viria a estudar música na Universidade da Califórnia, mas acabou por decidir que não estaria na área musical o futuro dos seus interesses, e por dedicar-se ao estudo e ao ensino da filosofia, nomeadamente na Universidade de Harvard. Leu com extraordinária finura autores que assume como os seus mais diretos antecessores: Thoreau, Emerson e Wittgenstein, J.L. Austin (com quem conviveu) e Heidegger, entre outros. O seu papel como exegeta dos modernos filósofos europeus e norte-americanos é tão relevante quanto aquele outro que o tornaria mais conhecido, o da autorização, ou legitimação, dos estudos de cinema no meio académico. Não menos significativo do que esse gesto de integração de objetos da cultura popular no âmbito do conhecimento universitário é o contributo de Stanley Cavell para um estilo filosófico conversacional que recupera algo do diálogo socrático.

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