Quando Jorge Mario Bergoglio foi eleito o 266º pontífice da Igreja Católica, muitos se perguntaram quem seria aquele cardeal argentino. Os dados biográficos conhecidos eram breves. Nada diziam do seu percurso humano, dos seus pensamentos, da sua visão, dos seus sonhos, das suas esperanças. Muitas respostas a essas perguntas estavam em El Jesuita. O livro – publicado em 2010 na Argentina e que rapidamente se tornou um best-seller mundial – condensava dois anos de conversas entre o futuro Papa e a jornalista italiana Francesca Ambrogetti e o jornalista argentino Sergio Rubin. Deveria ser o epílogo de um cardeal prestes a aposentar-se e tornou-se o prólogo de um papa chegado do fim do mundo e sobre o qual os autores decidiram continuar a escrever. Retomando os fios da sua história, da sua família, das suas preferências, da sua personalidade. Mas falando essencialmente da sua defesa do meio ambiente e da paz mundial, dos desafios do seu papado, incluindo a luta contra o flagelo dos abusos e a favor da transparência das finanças vaticanas. Analisaram também as resistências que teve de enfrentar para avançar rumo a uma Igreja mais aberta e compreensiva às realidades dos homens e mulheres do nosso tempo, austera e especialmente comprometida com os pobres e excluídos. O Pastor é fruto de dez anos de entrevistas nas quais o Papa Francisco não evita nenhum aspeto da sua vida e de um pontificado que está a mudar a Igreja.