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O Menhir da Meada - Castelo de Vide - Nos 30 anos da sua Escavação e Recuperação

Jorge de Oliveira

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Detalhes do Produto

Sinopse

O Menhir da Meada, no concelho de Castelo de Vide, é hoje considerado o maior da Península Ibérica (7,52 m) e o mais antigo monumento mega- lítico do mundo. A amostra de carvão recolhida na base do seu alvéolo, submetido à datação por radiocarbono, forneceu a data, em anos calendário 5010 a 4810 cal BC.

A sua expressiva forma fálica e a denotada glande, delimitada pelo prepúcio marcado com um relevo que rodeia a extremidade superior deste monumento, conferem-lhe, claramente, atributos evocativos à fertilidade. Estes singulares monumentos parecem resultar de práticas rituais que se prendem com uma tentativa de repor nos solos agrícolas a fertilidade que foram perdendo com a sua exploração continuada por comunidades que ainda desconheciam a prática do pousio.

Fraturado há milhares de anos encontrava-se, até 1993, seccionado em duas porções, mas sob as instruções do muito saber de experiência feito do Mestre Canteiro Manuel Graxinha, no dia 25 de setembro desse ano, depois de aturado estudo arqueológico foi possível devolver ao Menhir da Meada a imponência que tinha há 7000 anos.

Neste livro, trinta anos passados sobre a re-ereção do Menhir da Meada, tenta-se contextualiza-lo no universo megalítico em que se insere, face aos novos conhecimentos científicos e reporta-se em texto e sobretudo em imagens, para memória futura, a operação radical, nunca anterior- mente experimentada, de colagem e colocação na vertical de um monólito de granito que ultrapassa as 15 toneladas.

A grandiosidade deste monumento surpreende-nos pelo esforço necessário para a sua extração, transporte, tratamento das superfícies e ereção por parte das comunidades que aqui viveram há mais de 7000 anos, acre- ditando, provavelmente, que com o seu esforço conseguiram repor a fer- tilidade dos solos, dos quais já em muito dependiam.

Classificado como Monumento Nacional, o mais antigo monumento megalítico do mundo é hoje visitado por milhares de investigadores e turistas que querem conhecer o mais extraordinário monumento à virilidade.

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Autor

Jorge de Oliveira

Jorge de Oliveira diz-se natural de Santo António das Areias, Marvão, em- bora tenha nascido em Portalegre, a 15 de agosto de 1956. Desde criança que começou a perscrutar e por vezes a esburacar sítios arqueológicos nas imediações da sua aldeia. Perseguindo sempre o seu sonho de infância é hoje Professor Catedrático de Arqueologia na Universidade de Évora. Autor de mais de 400 títulos científicos, divididos em livros, artigos e comunicações em congressos, dedicou toda a sua vida ao ensino e ao estudo, sobretudo das comunidades neolíticas que se fixaram no seu Alentejo envolvente da Serra de S. Mamede. Por vicissitudes várias fez algumas incursões noutros períodos históricos tendo investigado em áreas como a Arqueologia Judaica, a Arqueologia Militar, a Etno- arqueologia, ou mesmo iniciado o estudo e salvamento da Cidade Romana de Ammaia, sendo um dos fundadores da Fundação Ammaia, que suporta esse projeto. Criou e é diretor do Museu Municipal de Marvão e da Revista Cultural do Concelho de Marvão, Ibn Maruán.

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