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Sinopse
Albuquerque Mendes: «A arte tem muitos caminhos para percorrer. A vida também. Com o nosso trabalho anunciamos sonhos que muitas vezes regressam em pesadelos. O acto criativo será sempre um espaço infinito.»
Este livro foi publicado por ocasião da exposição O Frio da Casa Permanece no meu Corpo, de Albuquerque Mendes, com curadoria de Paula Pinto, patente no Museu da Guarda de 12 de Junho a 13 de Outubro de 2024.
Albuquerque Mendes nasceu em Trancoso, a 17 de Março de 1953. Artista autodidacta, daqui saiu ainda adolescente, para ir estudar em Coimbra. Crescido num país rural, patriarcal e maioritariamente analfabeto, onde só Lisboa e Porto tinham escolas de Belas-Artes, foram pequenas viagens, alguns encontros, raros livros e episódios marginais que lhe outorgaram a condição de artista, a partir da qual se identifica. As artes tornaram-se o lugar de inscrição onde abarcou tudo o que não cabia dentro da linha de horizonte do planalto da sua terra natal, no distrito da Guarda. As figuras, as árvores e as paisagens que inventou, não deixando de reflectir o seu lugar de pertença e fala, transportaram-no e surpreenderam-no noutros contextos, simultaneamente possíveis e imaginados. Mesmo longe, que frio é esse que permanece no corpo?
[Paula Pinto]
A exposição O Frio da Casa Permanece no meu Corpo, com a curadoria de Paula Pinto, surge como uma memória das origens, uma viagem emocional e artística em que Albuquerque Mendes nos convida a mergulhar no seu percurso artístico e nas suas memórias sensitivas mais primitivas.
O Museu da Guarda, visitado pela primeira vez quando tinha apenas cinco ou seis anos, marcou de forma indelével o percurso de vida do nosso artista. As paisagens invernais, a neve e o frio que o seu corpo sentiu tornaram-se impressões duradouras que continuariam a emergir na sua obra. Esse frio, essa sensação de vastidão e isolamento compeliram a sua procura incessante por imagens e significados que reflectissem a sua vivência pessoal, mas que também ecoassem em cada um de nós.
[Sérgio Costa]
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