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O Espectro da Pobreza: história, cultura e política em Portugal no século XX

José Neves, Frederico Ágoas

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(organizadores)



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Sinopse

Este livro sinaliza a variedade de abordagens suscetíveis de serem prosseguidas no âmbito de uma história da pobreza no Portugal Contemporâneo. Entre finais do século XIX e inícios do século XX, é possível apontar o desdobramento de uma conceção sagrada da pobreza, que se estende daquele que beneficia da caridade àquele que a pratica, considerado abençoado, a uma configuração da mendicidade como desvio, no âmbito do controlo social exercido pelo Estado e da carência como problema social e económico. Este desdobramento suscita três linhas de investigação, a primeira das quais visando compreender a pobreza na sua relação com a produção de saberes científicos como a saúde pública, a economia ou a sociologia, eles próprios relacionados com a imposição de políticas públicas, e com manifestações artísticas contemporâneas, como a fotografia. A segunda linha procura situar o problema da pobreza como eixo determinante dos projetos políticos orientados para o governo do país, atendendo tanto às contradições sociais que esses projetos exprimem como ao modo de situarem internacionalmente a nação. Finalmente, uma terceira linha de investigação dirige-se à experiência subjetiva do fenómeno. Trata-se aqui de contrariar a tendência para uma história da pobreza que, ignorando a agencialidade dos pobres, os atenha à condição de simples vítimas, bem como abordagens que os confinam a uma identidade cultural particular, ora estigmatizada como irremediável, ora celebrada enquanto romântica, tal como tem sido evocada pelos efeitos exotizantes promovidos por processos de mercantilização da «tradição», do «rural» ou do «antigo».

 

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Autor(es)

José Neves

José Neves, 1932, natural de Barão de São João, concelho de Lagos. Como funcionário público viveu os reveses de não apoiar o regime da ditadura salazarista e exilou-se em Londres a partir de 1965, regressando a Portugal aquando da Revolução dos Militares de Abril de 1974. Aderiu à Acção Socialista Portuguesa (ASP) em 1970, e participou no Congresso clandestino da ASP na Alemanha, em 1973, no qual se fundou o Partido Socialista (PS). Foi eleito membro da Comissão Nacional do Partido Socialista e exerceu vários cargos de acentuado cunho político como funcionário do PS. No Grupo Parlamentar da Assembleia da República executou funções como técnico de apoio parlamentar, aposentando-se como secretário do Presidente da Assembleia da República, Almeida Santos. Em Junho de 2010 recebeu a Medalha de Mérito Municipal, na categoria de Medalha de Solidariedade do Município de Cascais. É cofundador do Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).


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Frederico Ágoas

FREDERICO ÁGOAS, licenciado em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde se encontra actualmente a concluir uma tese de doutoramento sobre a história da sociologia em Portugal. É investigador associado do Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa.

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