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Detalhes do Produto

Sinopse

Nesse treze de Janeiro do ano de sessenta e cinco em curso, ao meio­ dia e meia, Elena Ivánovna, esposa de Ivan Matvéitch, meu amigo iluminado, meu colega e, em parte, meu parente afastado, desejou ver o crocodilo exposto no Passage para, mediante pagamento, ser visto por quem quisesse.

Assim começa o inusitado conto de Fiódor Dostoiévski publicado pela primeira vez em 1865, na revista Epoch. Ivan Matviéitc e a sua esposa decidem visitar a exposição de um alemão para ver um crocodilo. O animal, imóvel, dececiona o casal, e Ivan, no papel de marido que pretende satisfazer todos os caprichos da sua esposa, começa a provocar o réptil até que este, finalmente, reage… engolindo-o. Matviétich, porém, sobrevive dentro do crocodilo e, ao perceber a relutância do alemão em abrir a barriga do animal para o salvar, decide simplesmente continuar a sua vida, naquele lugar confortável, prosseguindo com o seu trabalho de funcionário público.

Uma sátira extraordinária e humorística, sobre o individualismo, o peso da burocracia, o valor do dinheiro, do progresso e da própria vida, capaz de intrigar leitores de todas as gerações.

Traduzido diretamente do russo por Nina Guerra e Filipe Guerra, vencedores do Grande Prémio de Tradução Literária APT/Pen Clube Português.


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Autor

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 30.10.1821 - S. Petersburgo, 28.01.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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