O Arqueólogo Cordial: a Junta Nacional de Educação e o enquadramento institucional da arqueologia portuguesa durante o Estado Novo (1936-1974)
Rui Gomes CoelhoSujeito a confirmação por parte da editora
Detalhes do Produto
- Editora: Ics - Imprensa de Ciências Sociais
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- Ano: 2018
- ISBN: 9789726714866
Sinopse
O Estado Novo, uma ditadura de cariz fascista, foi marcado pelo corporativismo. De acordo com os seus princípios, a nação correspondia a uma sociedade organicamente hierarquizada que o Estado deveria espelhar e regular através das suas instituições.
A Junta Nacional da Educação veiculou a atitude corporativa e foi instituída de forma a representar cada grupo de agentes culturais no país, incluindo organizações que promoviam investigação arqueológica. Paralelamente à criação da Junta, o Estado tomou uma série de iniciativas legislativas em torno do património cultural, através das quais procurou envolver todos os que nele estivessem interessados.
Assim, o Estado patrocinou uma comunidade arqueológica inspirada pelo mito corporativo e articulada por uma economia de afetos que teve consequências de longa duração. Tudo isso correspondeu à emergência do «arqueológo cordial», o arqueólogo cujo coração governou tanto a sua vida pessoal como os seus projetos.
De modo a explicá-lo, analisamos legislação e documentação associadas às atividades da Junta, assim como debates, conversas e histórias produzidas entre arqueólogos no decurso de cerca de quarenta anos.