Detalhes do Produto
- Editora: BookBuilders
- Coleção: Documentos
- Categorias:
- Ano: 2022
- ISBN: 9789898973467
- Número de páginas: 560
- Edição: 1
- Capa: Brochada
Sinopse
Para muitos, o retrato mais fiel e realista da revolução soviética vista do seu interior.
Victor Serge é, por excelência, o escritor que esteve mais perto da fome revolucionária do começo do século xx. Na sua juventude colaborou com o movimento anarquista em França, partiu depois para a Rússia, terra natal dos seus pais onde esteve no centro da acção convivendo com os principais actores da revolução. Acabou preso por discordar de muito do que foi feito e querer uma revolução mais profunda. Fugiu da Rússia depois de ver muitos dos seus trabalhos queimados. Passou por Espanha a tempo de participar na Revolução e acabou, como o seu colega revolucionário Leon Trotsky, no México, onde se diz ter morrido envenenado por agentes russos.
Esta grande reportagem é um diário do primeiro ano da revolução relatado por alguém que estava literalmente dentro da máquina revolucionária e que viveu todos os principais acontecimentos. O realismo da narração era necessário a Serge, que queria demonstrar aos seus antigos colegas anarquistas quais os erros do anarquismo russo e quais as virtudes da revolução. Foi a obrigação de partilhar esse olhar honesto e atento que o levou a aperceber-se do caminho que a revolução estava a tomar.
Esta obra conta com fotografias da época, identificando os principais protagonistas de cada momento e vários episódios marcantes dos primeiros tempos do regime soviético.
«Uma obra-prima da reportagem rigorosa, da pesquisa primorosa e da mais séria das reflexões sobre um momento único da história.» Edward Said
«Serge tinha o dom de transferir a experiência para a página com uma imediaticidade gráfica, e de o conseguir através de uma alternância rápida entre a escrita jornalística e a ficção. O seu tempo de prisão gerou um romance, Homens na Prisão (1930), e a sua presença em Barcelona um outro, Berço do Nosso Poder (1931). Os seus anos em São Petersburgo produziram um emaranhado de textos de reportagem in-loco vastamente superiores ao mais conhecido relato de John Reed. Serge estava tão convicto quanto Reed relativamente à necessidade da Revolução, mas tinha menos ilusões. Pode dizer-se que foi o primeiro a reconhecer e compreender as raízes do regime estalinista emergente ou, garantidamente, que foi o primeiro a fazê-lo a partir de dentro.» Christopher Hitchens, The Atlantic