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Sinopse

Escrito na primeira pessoa, O Adolescente (1874-1875) narra a história de um filho ilegítimo que cresceu entre estranhos, atormentado por uma existência parental dupla - o pai biológico e o marido da sua mãe, que lhe deu o nome, vindos de estratos sociais muito diferentes.

Símbolo do herói humilhado e ofendido, Arkádi, de dezanove anos, é o protagonista desta espécie de educação sentimental, uma complexa teia de contradições que o dividem e trazem até nós os grandes temas de Dostoiévski: a luta entre o bem e o mal, a luz e as trevas, a degradação moral inerente à condição humana e a possibilidade de redenção. Romance menos conhecido dos longos cinco escritos pelo autor entre 1866 e 1880, o seu período de plena maturidade literária, O Adolescente espelha os sinais terríveis daquelas dicotomias na sociedade russa de meados do século xix.


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Autor

Fiódor Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski ( Moscovo, 30.10.1821 - S. Petersburgo, 28.01.1881) foi um dos grandes percursores, como Emily Brontë, da mais moderna forma do romance, exemplificada em Marcel Proust, James Joyce, Virgina Woolf entre outros. Filho de um médico militar, aos 15 anos é enviado para a Escola Militar de Engenharia. de S. Petersburgo. Aí lhe desperta a vocação literária, ao entrar em contacto com outros escritores russos e com a obra de Byron, Vítor Hugo e Shakespeare. Terminado o curso de engenharia, dedica-se a fazer traduções para ganhar a vida e estreia-se em 1846 com o seu primeiro romance, Gente Pobre. Após mais umas tentavivas literárias, foi condenado à morte em 1849, por implicação numa suspeita conjura revolucionária. No entanto, a pena foi-lhe comutada para trabalhos forçados na Sibéria. Durante os seus anos de degredo teve uma vida interior de caráter místico, por ter sido forçado a conviver com a dura realidade russa, o que também o levou a familiarizar-se com as profundezas insuspeitas da alma do povo russo. Amnistiado em 1855, reassumiu a atividade literária e em 1866, com Crime e Castigo, marca a ruptura com os liberais e radicais a que tinha sido conotado. As obras de Dostoiévski atingem um relevo máximo pela análise psicológica, sobretudo das condições mórbidas, e pela completa identificação imaginativa do autor com as degradadas personagens a que deu vida, não tendo, por esse prisma, rival na literatura mundial. A exatidão e valor científico dos seus retratos é atestada pelos grandes criminalistas russos. Neste grande novelista, o desejo de sofrer traz como consequência a busca e a aceitação do castigo e a conceção da pena como redentora por meio da dor.

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