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22,00 €

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Sinopse

Um romance superlativo que conclui de forma grandiosa a famosa Trilogia do Cairo.
Um patriarca idoso contempla em sofrimento o mundo a partir da sua varanda. A mesma varanda onde a sua esposa também sofreu ao longo dos anos.
- Os filhos, em plena meia-idade, encontram-se na encruzilhada da vida e numa fase de decisões, ao mesmo tempo que o país parece estar a passar por uma situação semelhante.
- É através dos netos que o leitor vislumbra o novo Egipto e consegue ligar as lógicas e tensões que foram o pano de fundo dos volumes anteriores a esta nova realidade.

«Como já nos tinha habituado ao longo dos dois volumes anteriores, o Prémio Nobel egípcio conduz-nos por um emaranhado de histórias íntimas, por vezes divertidas, por vezes carregadas de raiva, melancolia, revolta e amor, que se encaixam num país também ele incerto e em constante mutação.» - Le Monde

«Não podia acabar melhor... e não acaba: o futuro é o próximo capítulo do Egipto para o qual Mahfouz nos convida.» - Der Spiegel  

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Amostra

Autor

Naguib Mahfouz

Romancista egípcio, Naguib Mahfouz nasceu a 11 de Dezembro de 1911 em Gamaliya, nas cercanias do Cairo. Filho de um funcionário público, teve acesso a uma educação esmerada. 
Após ter concluído os seus estudos secundários, ingressou na Universidade do Cairo, de onde obteve o seu diploma em 1934. Enquanto prosseguia um curso de pós-graduação, Mahfouz tomou a decisão de se tornar escritor a tempo inteiro. 
Começou por colaborar para a imprensa com artigos e contos, reunindo estes últimos num volume aparecido em 1938. No ano seguinte conseguiu alcançar uma certa estabilidade ao seguir as pisadas do pai, tornando-se funcionário público no Ministério dos Assuntos Islâmicos. 
Também nesse ano de 1939 publicou o seu primeiro romance, Abath al-Aqdar, obra em que, com volumes como Radubis (1943) e Kifah Tibah (1944), o autor procura fazer abranger a totalidade da história do Egipto. Em meados da década de 50, surgiu com Al-Thulatiya (1956-57, A Trilogia do Cairo), obra em que descreve as andanças da família de Al-Sayyid Amad Abd Al-Jawad durante três gerações, desde a Primeira Grande Guerra até ao tempo presente. 
A Revolução do Egipto, ocorrida em 1952, depôs o monarca Farouk I e instaurou um regime liderado por Gamal Abdel Nasser. Desagradado com a situação, o escritor votou-se ao silêncio durante alguns anos. Reapareceu em 1959 com trabalhos de índole prolífica e variada. 
Alterando o seu discurso e recorrendo à alegoria e ao simbolismo para veicular as suas opiniões políticas, publicou Al-Liss Wa-Al-Kilab (1961, O Ladrão e os Cães), romance que conta a história de um gatuno de convicções marxistas e que, após ter sido aprisionado e eventualmente libertado, procura a vingança e encontra a morte.
Após ter exercido as funções de diretor do Gabinete de Censura egípcio, Mahfouz retomou o mesmo cargo junto da Fundação para o Desenvolvimento do Cinema, entre os anos de 1954 e 1969. A partir de então tornou-se consultor cinematográfico para o Ministério da Cultura do seu país, acabando por se reformar em 1972. 
Entretanto, em 1965 surgiu Al-Shahhadh (O Pedinte) e, dois anos depois, Miramar (1967), romance que descreve a vida de uma rapariga através de quatro narradores, cada um deles representando uma corrente de pensamento político diferente. 
Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1988, Naguib Mahfouz caiu no desagrado dos fundamentalistas islâmicos que, em 1994, enviaram dois assassinos ao seu encontro. Apunhalaram o escritor no pescoço com uma faca de cozinha, mas falharam o atentado e, capturados, foram ambos condenados à morte no ano seguinte. 
Faleceu no Cairo a 30 de Agosto de 2006, com 94 anos.

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