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O Palácio do Desejo

Naguib Mahfouz

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Detalhes do Produto

Sinopse

Segundo volume da mítica «Trilogia do Cairo», a saga de uma família que é também a saga de um país e de um povo.
Entre 1924 e 1927 tudo no Egipto muda a uma velocidade vertiginosa. O mesmo acontece no seio da família em torno da qual esta história levita. Depois da morte trágica de Fahmy, que encerra o primeiro volume, encontramos uma família em mutação. Um patriarca em guerra aberta contra a perda dos valores tradicionais, apesar de ter voltado aos seus costumes dissolutos num jogo de forças com os restantes filhos.
Neste segundo volume da saga são os homens que assumem um papel central, perdidos num país e numa cidade em mutação constante. Também eles revelam as suas inconstâncias e deixam-se guiar pelas paixões num mundo que parece ter perdido as suas linhas de orientação.

«O mais universal dos escritores árabes modernos é, curiosamente, ao mesmo tempo, o mais apegado à sua cidade, um pequeno mundo que reflecte o universo árabe.» Babelia / El Pais

«Foi um dos principais responsáveis pelo reconhecimento da cultura e do modo de vida árabes no mundo moderno.» Hosni Mubarak

«Em toda a ficção de Naguib Mahfouz há uma sensação metafórica, quase parasítica, que se espelha no desejo de o escritor usar essa mesma ficção para falar directa e inequivocamente à circunstância do seu país. A sua obra está imbuída de amor pelo Egipto e pelas suas gentes, mas, ao mesmo tempo, é verdadeiramente honesta e não sentimental.» Washington Post

«A obra de Mahfouz está carregada, de uma forma refrescante, de nuances marcadamente líricas.» Los Angeles Times

«Um conjunto de romances épicos que traçam o destino de uma família num país e num tempo de convulsão.» El Pais
 
«As vielas, as casas, os palácios, as mesquitas e as pessoas que vivem entre elas são evocadas com magia e pormenor da mesma forma que Dickens recria as ruas de Londres para o leitor moderno.» Newsweek

«Uma saga que alterna o plano médio de uma família e o grande plano de todo um país e de uma época. Magistral, épico e caleidoscópico.» Der Spiegel

«Mahfouz dá corpo à essência de tudo o que faz o abrasivo, o barulhento e o caótico formigueiro humano do Cairo possível.» The Economist

«Uma obra-prima.» The Times

«O talento único de Mahfouz consiste em delinear os seres humanos através das suas aparências e é isso que faz de "Entre os Dois Palácios" uma obra de projecção universal. A ler uma e outra e outra vez.» Guardian

«Sublime e inigualável na forma como une o privado ao universal.» Die Welt

«Não há nada de verdadeiramente semelhante a "Entre os Dois Palácios" na literatura mundial. A sua escrita junta Tolstoi, Flaubert e Proust.» The Independent

«A Trilogia do Cairo de Naguib Mahfouz estende a sua sombra sobre todos os escritores contemporâneos. Ele é o Tolstoi árabe.» Simon Sebag Montefiore

«A literatura árabe moderna atinge a sua maturidade e enfrenta sem receios todas as outras literaturas na pena de Mahfouz.» Lire

«Luminoso... Toda a magia, mistério e sofrimento de um Egipto de 1920 passados à escrita numa escala humana.» The New York Times Book Review

«Como Balzac e Zola, como Tolstoi e Faulkner, Mahfouz foi testemunha do seu tempo, testemunha que ecoou o seu povo e o seu país, aquele que atravessava quotidianamente as ruas da cidade e frequentava os seus cafés.  [...] Foi um escritor visionário e corajoso [...] cuja obra honra não apenas as letras árabes, mas a literatura universal.» Tahar Ben Jelloun (prémio Goncourt)

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Amostra

Autor

Naguib Mahfouz

Romancista egípcio, Naguib Mahfouz nasceu a 11 de Dezembro de 1911 em Gamaliya, nas cercanias do Cairo. Filho de um funcionário público, teve acesso a uma educação esmerada. 
Após ter concluído os seus estudos secundários, ingressou na Universidade do Cairo, de onde obteve o seu diploma em 1934. Enquanto prosseguia um curso de pós-graduação, Mahfouz tomou a decisão de se tornar escritor a tempo inteiro. 
Começou por colaborar para a imprensa com artigos e contos, reunindo estes últimos num volume aparecido em 1938. No ano seguinte conseguiu alcançar uma certa estabilidade ao seguir as pisadas do pai, tornando-se funcionário público no Ministério dos Assuntos Islâmicos. 
Também nesse ano de 1939 publicou o seu primeiro romance, Abath al-Aqdar, obra em que, com volumes como Radubis (1943) e Kifah Tibah (1944), o autor procura fazer abranger a totalidade da história do Egipto. Em meados da década de 50, surgiu com Al-Thulatiya (1956-57, A Trilogia do Cairo), obra em que descreve as andanças da família de Al-Sayyid Amad Abd Al-Jawad durante três gerações, desde a Primeira Grande Guerra até ao tempo presente. 
A Revolução do Egipto, ocorrida em 1952, depôs o monarca Farouk I e instaurou um regime liderado por Gamal Abdel Nasser. Desagradado com a situação, o escritor votou-se ao silêncio durante alguns anos. Reapareceu em 1959 com trabalhos de índole prolífica e variada. 
Alterando o seu discurso e recorrendo à alegoria e ao simbolismo para veicular as suas opiniões políticas, publicou Al-Liss Wa-Al-Kilab (1961, O Ladrão e os Cães), romance que conta a história de um gatuno de convicções marxistas e que, após ter sido aprisionado e eventualmente libertado, procura a vingança e encontra a morte.
Após ter exercido as funções de diretor do Gabinete de Censura egípcio, Mahfouz retomou o mesmo cargo junto da Fundação para o Desenvolvimento do Cinema, entre os anos de 1954 e 1969. A partir de então tornou-se consultor cinematográfico para o Ministério da Cultura do seu país, acabando por se reformar em 1972. 
Entretanto, em 1965 surgiu Al-Shahhadh (O Pedinte) e, dois anos depois, Miramar (1967), romance que descreve a vida de uma rapariga através de quatro narradores, cada um deles representando uma corrente de pensamento político diferente. 
Galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1988, Naguib Mahfouz caiu no desagrado dos fundamentalistas islâmicos que, em 1994, enviaram dois assassinos ao seu encontro. Apunhalaram o escritor no pescoço com uma faca de cozinha, mas falharam o atentado e, capturados, foram ambos condenados à morte no ano seguinte. 
Faleceu no Cairo a 30 de Agosto de 2006, com 94 anos.

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