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Sinopse

A história da mulher que fugiu a cavalo, publicada em livro no ano 1928, surgia na literatura como visão gélida da aventura da mulher branca entre homens de pele escura e expostos ao seu olhar num cúmulo de exuberância física. A mulher branca iria desta vez enfrentá-los com uma absoluta indiferença pelo seu atractivo sexual; e, pelo seu lado, sentir-se-ia apenas vista como objecto assexuado entre homens faustosamente dotados para as relações físicas.

A mulher que fugiu a cavalo vê-se entre índios que a elegem como sua mensageira solar. Fugida do tédio do casamento para uma aventura que começara envolta «num tolo romantismo, ainda mais irreal do que o existente nas raparigas », acedia à híper lucidez conferida pelas drogas e, com ela, à complacência perante o seu destino de vítima oferecida a um supremo poder. Porque aqueles índios viviam uma má época da sua história, roubados pelo homem branco no que tinha sido um seu ancestral poder. Dizia-lhes uma crença que a grande força geradora seria obtida com o encontro astronómico do sol e da lua; e que em esplendorosos tempos esta impossível conjunção celeste era indirectamente obtida descendo o sol até ao homem índio, descendo a lua até à mulher índia, para no seu encontro físico e terrestre se multiplicar o Poder. A aparição do homem branco tinha feito o sol e a lua zangarem-se, tornando os encontros físicos do homem índio e da mulher índia estéreis quanto a essa força vital. Mas bastaria o índio mostrar-se capaz de dominar o homem branco, oferecendo a sua mulher ao Sol, para o astro supremo voltar a penetrar no homem índio, a lua voltar a entrar na mulher índia, e a sua conjugação restituir-lhes a força perdida. Para cenário desta oferenda D.H. Lawrence (Nottingham, 1885 - Vence, 1930) lembrou- se de uma gruta que visitou num dos seus passeios a cavalo nos arredores de Taos, a região dos índios adoradores do sol; que o tinha impressionado pela cascata à frente da entrada, e que formava durante o Inverno uma gigantesca estalactite de gelo suspensa como um dardo sobrenatural.

A.F.

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Autor

D.H. Lawrence

David Herbert Lawrence nasceu em Eastwood em 1885. Estudou na Universidade de Nottingham e exerceu professorado, que teve de abandonar em 1913 por doença, dedicando-se então à Literatura. Em 1912, D. H. Lawrence foge para a Alemanha com Frida Weekly, mulher do seu antigo professor de línguas. Casam em 1914, quando regressam a Inglaterra e vivem precariamente da sua produção literária.

É um dos mais importantes escritores ingleses, conhecido principalmente por ter abordado na sua obra temas considerados controversos no início do século XX, como a sexualidade e as relações humanas com características destrutivas.

Filhos e Amantes - O Arco-Íris (1915), obra considerada obscena na altura, Mulheres Apaixonadas (1920), livro recusado pelos editores ingleses e publicado anos depois em Nova Iorque, e O Amante de Lady Chatterley (1928), texto proibido na época e que circulava clandestinamente. Além destes, escreveu outros romances, inúmeros contos, poemas e ensaios, livros de viagens e peças de teatro.

Morre em 1930 com 44 anos.

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