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Sinopse

Como são diferentes, uns dos outros, os livros de Memórias!
Neles se define o narrador e, por via deles, se identificam os leitores com as personagens que eles trazem ao convívio de quem lê: O pasto que a avó carrega à cabeça é infinitamente maior do que os seus sonhos que se foram, quando o avô partiu para o Brasil para nunca mais voltar.
Sorri, quando me avista, com o fardo à cabeça, exausta da caminhada, mas feliz, pela missão, quase sagrada, repetida e cumprida a cada dia.
Nuns casos, é a História que prevalece, o relato é então mais frio, circunstancial.

Noutros, são as histórias a tocarem a memória de quem escreve, polvilhando-a de afectos, de emoções, enchendo de vida as recordações dadas a público: A rua é o centro do nosso mundo. As-crianças-que-brincam-na-rua seguem alegres ao lado da estrada que ladeia o canavial, passam ao lado dos muros das quintas e debaixo do pombal em arco que fica ao lado do campo do União.
[…]. Seguem pelo caminho estreito, ao lado do ribeiro, rodeado de arbustos e canas, atravessam a linha e chamam pelo Vicente, que se junta ao grupo.
Sentem-se reis do mundo, como se de todas as suas veias, cheias de sonhos e fantasia, dependesse o universo.
Memórias de Papel são uma dádiva de Graça Alves. Um chamamento da autora para um convívio à volta da sua intimidade, na qual ergue um belíssimo hino à singeleza da vida, contada através das Estações, do passar do Tempo, com a simplicidade de quem conhece o sentido das palavras e das ligações entre elas, o pensamento e a sentimentalidade: Conduzo-te novamente ao quarto e cruzamo-nos com a senhora de cadeira de rodas que junto à vitrina que dá para a rua se maquilha, à semelhança de todos os dias, com o seu grande estojo de maquilhagem. Nunca dá pela presença de ninguém, porque apesar de nos olhar, percebe-se que não nos vê. O seu olhar é apagado, mas feliz, como o batom vermelho com que pinta continuamente os seus lábios.
Memórias de Papel! Um lugar luminoso, oferta da autora, onde cabem as memórias de quem lê. Memórias, como a árvore velha que guardou à sua sombra segredos de gerações.

Álvaro Laborinho Lúcio

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Autor

Graça Alves

Graça Alves nasceu em Coimbra, onde reside. É Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de estudos portugueses e italianos, pela Universidade de Coimbra.

Exerce a docência há cerca de 27 anos, tendo, ao longo da sua carreira, passado por diversas escolas básicas e secundárias do país.

Tem publicações dispersas em várias revistas, coletâneas e jornais. Conquistou o 2.º prémio da VI edição do Concurso de Poesia da Biblioteca Municipal Engenheiro Jorge Bento, e Condeixa, e o 3.º lugar da IX edição do mesmo concurso.

Na sua atividade teatral fez parte do elenco do espetáculo Os Caminhos do Trabalho, de “Portas Abertas: Projeto de Intervenção Artística e Comunitária no Vale da Arregaça”, realizado pelo Teatrão e também do elenco do espetáculo O Senhor Biedermann e os Incendiários inserido no “Projeto A Meu Ver”, a decorrer ainda durante este ano e também realizado pelo Teatrão – Oficina Municipal de Teatro.

Publicou ainda os livros: Cores do Silêncio, poesia – Palimage, 2015 e

Da Timidez dos Homens, poesia – Palimage, 2017.


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