Memórias – por vezes escandalosas – de um militar na Guerra Colonial intercaladas com as dos sucessivos batalhões que ocuparam o coração do Reino do Congo, incluindo retrospectivas dos precedentes da rebelião, do contexto político que impediu uma descolonização atempada e dos últimos cem anos daquele autêntico Império, depois de se ter dado conta a elite congolesa de nunca o seu Reino ter sido tratado pelo de Portugal em pé de igualdade (evocando também a crise do início do séc. XVIII e a inimaginável profetisa Kimpa Vita).

Como desfecho, o relato, por quem a viveu, da fuga dos derradeiros colonos e da própria FNLA – o único Inimigo que defrontámos naquelas paragens em toda a Guerra – ante o avanço das tropas do MPLA (reforçadas com quadros militares soviéticos e 'voluntários' cubanos); e uma análise dos números totais dos mortos do nosso Exército em Angola, com destaque para as maiores mortandades e as mortes mais estranhas.

Com o apoio de uma vasta bibliografia – de que se destacam as Histórias das Unidades (AHM), a Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África 1961-1974 (EME) e as cartas do autor. Outra fonte – que corrigiu por vezes a verdade oficial – foi o que lhe relataram alguns elementos dessas unidades.