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Maria Gomes - Cristã-nova, 117 anos, a mais idosa vítima da Inquisição

Jorge Martins

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Sinopse

O caso de Maria Gomes é, a um tempo, singular e paradigmático. É singular, pelo facto de não se conhecer uma vítima feminina da Inquisição tão idosa, pois, a crer na idade – nunca questionada pelos seus carrascos –, Maria Gomes teria 117 anos quando foi executada nas fogueiras da Inquisição no dia 5 de setembro de 1638. Tendo em conta a sua provecta idade, o seu sofrimento nos cárceres dos Estaus ao longo de dois penosos anos, a tortura a que foi submetida e a sua execução pelo fogo, constituem uma prova insofismável da total destituição de sentimentos – supostamente cristãos – por parte daquela tenebrosa instituição católica. E é paradigmático, pois no seu processo encontramos uma descrição detalhada de como uma cristã--nova, vítima de vagas denúncias de ser “crente na Lei de Moisés”, estava sujeita à prisão, a intermináveis interrogatórios, à tortura, a confissões indesejáveis e à própria morte, submetida à arbitrária insatisfação dos insaciáveis inquisidores. Pois, foi isso mesmo que aconteceu a Maria Gomes.


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Autor

Jorge Martins

Jorge Martins é doutorado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Autor de manuais escolares, obras de ficção e ensaio sobre história contemporânea, história local e estudos judaicos e inquisitoriais. Sobre este último tema, proferiu diversas conferências e publicou vários estudos, designadamente os seguintes livros: Portugal e os Judeus, 3 vols., 2006; Breve História dos Judeus em Portugal, 2009; A República e os Judeus, 2010; Maria Gomes, Cristã-nova, 117 anos: a mais idosa vítima da Inquisição, 2012; Manteigas, Minha Pátria: os cristãos-novos de Manteigas, vol. II, 2015; A Inquisição em Ourém, 2016, e O Judaísmo em Belmonte no Tempo da Inquisição, 2016.

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